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Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

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Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

Aprender ao longo da vida através de ambientes pessoais de aprendizagem

O que pensa de aprender ao longo da vida?

Julho 29, 2021

 

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Autores: Thiago Baesso ProcaciSean Wolfgand Matsui SiqueiraBernardo Pereira Nunes

 

Muitos de nós descrevemo-nos com termos que moldam a nossa identidade. É comum ouvir pessoas dizer “eu sou músico”, e esse comportamento confere à pessoa uma sensação de pertença a algum grupo. Outros preferem descrever-se através das suas características ou estilo de vida, tais como extrovertido, vegetariano, inteligente, e cada classificação equivale a algo peculiar de cada indivíduo.

Vivemos no mundo líquido, de incertezas, e, pela primeira vez, temos dificuldades em saber o que ensinar às futuras gerações. Tudo muda rapidamente e as informações tornam-se obsoletas a uma velocidade impressionante. O que ensinar? Sabemos quais serão as profissões necessárias nos próximos 30 anos? Não temos a resposta. Por isso, talvez seja o momento de nos descrevermos mais frequentemente como “eternos aprendizes”.

Abraçar a ideia de aprender para sempre pode soar estranho, pois quebra o conceito da aprendizagem tradicional, centrada no professor, cuja presença materializava a ideia do aprender. Seria ótimo ter sempre um bom professor ao lado fazendo a mediação entre o aluno e o conhecimento, não é? Entretanto, aprender ao longo da vida também implica a ausência de tutores em muitos momentos, caracterizando um estilo de aprendizagem mais informal.

Assim, como avalio a minha trajetória de aprendizagem ao longo da vida? Como sei se aprendi? Nesse sentido, os ambientes pessoais de aprendizagem surgem para endereçar tais questões.

Se está interessado, convidamo-lo a apreciar a leitura deste capítulo. ...

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Índice:

  1. CIBERESPAÇO E APRENDIZAGEM CONTÍNUA
  2. O HISTÓRICO DO CONCEITO DE AMBIENTES PESSOAIS DE APRENDIZAGEM
  3. DESAFIOS TECNOLÓGICOS
  4. DESAFIOS PEDAGÓGICOS
  5. PROPOSTAS DE AMBIENTES PESSOAIS DE APRENDIZAGEM
  6.  CONCLUSÃO
  • Resumo
  • Leituras Recomendadas
  • Exercícios
  • Notas
  • Referências
  • Autoria

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Que recuperação de aprendizagens?

O papel dos professores no sucesso das aprendizagens dos alunos

Julho 04, 2021

O último ano tem sido pródigo em anúncio de medidas de consolidação e recuperação de aprendizagens e capacitação de professores.

Neste momento, milhares de professores por todo o país estão a frequentar ações de formação, no âmbito do Plano de Transição Digital na Educação.

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Sabemos, contudo, com base em relatórios, estudos e saber empírico, que estas medidas pouco impacto terão no sucesso das aprendizagens dos alunos se não houver uma vontade forte de mudança:

  • das escolas, como organizações que devem liderar de forma concertada a mudança, ouvindo e envolvendo todos os atores educativos;
  • dos professores, como especialistas da sua área de ensino que devem manter-se atualizados e, de forma resiliente, esclarecida e fundamentada, devem implementar pequenas mas significativas mudanças, avaliando a cada momento o seu impacto junto dos alunos.

O lançamento do Plano 21|23 Escola+ poderá ser a oportunidade para:

  • diagnosticar de forma clara os problemas existentes em cada uma das áreas disciplinares (não basta fazer uma listagem de aprendizagens essenciais para que o diagnóstico seja eficaz);
  • ouvir os especialistas, aqueles que conhecem a realidade dos seus alunos, os professores (o que precisam ou o que é preciso para que os seus alunos aprendam mais e melhor);
  • delinear O Plano, isto é aquele que responde ao diagnóstico e que tem em conta, nas linhas de atuação, as sugestões dos professores;
  • envolver todos os atores educativos na implementação, monitorização e avaliação deste Plano.

 

O Plano 21|23 Escola+ está estruturado em três eixos - Ensinar e Aprender / Apoiar as Comunidades Educativas / Conhecer e Avaliar - e vários domínios com propostas de ações que visam apresentar caminhos em várias áreas de aprendizagem.

Algumas destas propostas podem ser o ponto de partida para ações a implementar em cada escola, mas não podem ser vistas como uma receita, isto é, têm de ser adequadas à realidade específica de cada escola e apropriadas, sentidas como suas, pelos professores.

E são estes profissionais - os professores - que fazem a diferença na escola.

Para eles deixamos uma sugestão sobre a aprendizagem ao longo da vida, da autoria de John Spencer, para que continuem, de forma autónoma, a apostar no seu desenvolvimento profissional contínuo, o que implica dominar os processos de curadoria digital.

A este propósito vale a pena ler a entrevista a António da Nóvoa,  António Nóvoa: aprendizagem precisa considerar o sentir | Reitor honorário da Universidade de Lisboa alerta que a escola não deve voltar ao que era antes, mas corre o risco de ficar ainda pior se a ênfase na tecnologia e personalização substituir o sentir e o fazer comum

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As competências digitais dos professores em ação

Cenários de aprendizagem | Francês 8.º Ano e Português 7.º Ano

Junho 03, 2021

O desenvolvimento profissional contínuo é um dos domínios das competências digitais dos professores preconizado no DigCompEdu. Contudo, não foi necessário o plano de transição digital para que os educadores procurassem atualizar-se nem para que os Centros de Formação de Associação de Escolas oferecessem propostas de formação que respondessem às necessidade da sua comunidade.

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Os exemplos que o Biblio Tubers deixa hoje chegam-nos do Centro de Formação "Os Templários", em Tomar, e decorrem da apresentação dos trabalhos da oficina de formação intitulada Novos cenários educativos com apps, jogos e dispositivos móveis nas disciplinas de línguas (oficina de 25h) que decorreu online.

Dois pressupostos balizam os cenários de aprendizagem criados e aqui apresentados:

  1. A formação decorreu totalmente online e os formadores limitaram-se a abrir portas. O trabalho de descoberta, experimentação e tentativa e erro foi sempre dos formandos, distribuídos em salas virtuais, em pequenos grupos. Da muita experiência dos formadores, em formação presencial e online, uma constatação: a formação online funciona mesmo!
  2. O trabalho colaborativo entre os formandos é fundamental para o seu desenvolvimento profissional contínuo. Conhecer outras formas de chegar ao conhecimento, de estruturar práticas pedagógicas, de utilizar recursos e ferramentas, fomenta o sentido crítico, a auto-reflexão e promove mudanças significativas.

Ao longo da formação foram criadas situações de utilização contextualizada de ferramentas digitais - voki, padlet, coggle, anchor, screencastify, kahoot, edpuzzle,... - e apresentadas metodologias de aprendizagem ativas - trabalho de projeto, resolução de problemas, gamificação - e abordados modelos de aprendizagem híbridos, nomeadamente o da sala de aula invertida.

Foi a procura por saber mais sobre cada um destes métodos e da sua adequação ao contexto profissional de cada um que surgiram estes cenários de aprendizagem que assentam em quatro princípios fundamentais:

  1. O aluno assume um papel ativo na construção do conhecimento;
  2. O professor orienta a ação do aluno, assegurando feedback instantâneo e promovendo a sua autorregulação;
  3. As ferramentas utilizadas e os recursos digitais criados surgem em contexto e servem um propósito pedagógico - apresentar a informação, estimular a reflexão, criar momentos de partilha e comunicação, promover práticas de escrita, favorecer a resolução de problemas, orientar a ação do aluno, mostrando-lhe o que já sabe e o que precisa de saber;
  4. A avaliação formativa baliza toda a ação do professor e dos alunos, permitindo regular práticas pedagógicas e orientar o processo de aprendizagem.

 

Deixam-se aqui dois exemplos do excelente trabalho que é feito pelos professores.

Cenário de aprendizagem para o 8.º ano para a disciplina de Francês, da autoria de Adélia Ribeiro, Angelina Macedo, Graça Gonçalves e Susana Santos.

 

Cenário de aprendizagem para o 7.º ano para a disciplina de Português, da autoria de Ana Ludovino, Célia Neto, Isabel Branco e Janina Gameiro.

 

Consulte aqui outras propostas criadas por professores em contexto formativo:

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Recentrar o ensino e a aprendizagem

O papel do professor

Maio 09, 2021

Os últimos meses foram pródigos na identificação de problemas e na apresentação de inúmeras soluções, para fazer face às aprendizagens que os alunos portugueses terão perdido ao longo do ano letivo.

Pede-se aos diretores que façam o levantamento das aprendizagens por realizar, aos professores que façam o pino e que ensinem em dois meses o que os alunos não aprenderam durante um ano, e criam-se relatórios, planos, estratégias nacionais. Mas raramente se tem em conta o centro do problema - a aprendizagem - e que este problema só pode ser resolvido por quem está no terreno - os professores.

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Photo by Sven Fischer on Unsplash

 

A comunidade científica, os organismos estatais e os influenciadores  da área da educação teimam em querer apresentar soluções milagrosas, agora com recurso à tecnologia digital e lá aparece uma multiplicidade de ferramentas e respetivas propostas de trabalho que nunca poderão ser bem sucedidas porque os alunos não se identificam com "esse fazer".

O mundo dos nossos alunos é o mundo do imediatismo, jamais conseguiremos que eles sigam pontinhos numa imagem que abrem textos e powerpoints extensos que não irão ler. Este é o risco da tecnologia pela tecnologia. Subjugar o conteúdo à ferramenta, que, aliás, rapidamente ficará obsoleta. Sejamos francos, os alunos aprendem, se consultarem ou lerem estas propostas? 

Os professores têm de recentrar a sua ação para que os alunos dominem quatro competências essenciais:

  • Ler: textos diversificados e em múltiplos formatos, apresentados pelo professor ou encontrados pelos alunos na sequência de uma proposta de trabalho;
  • Interpretar: isto é, fazer inferências sobre o que se leu, pelo que as propostas de atividade devem ser desafiantes (por exemplo, através da metodologia do trabalho de projeto, em que os alunos são confrontados com problemas para os quais têm que encontrar respostas);
  • Escrever: diversificando tipologias de texto para chegar à escrita mais extensiva, como por exemplo mapas mentais, tweets, nuvens de palavras, identificação de palavras chave, ...;
  • Comunicar: favorecer uma comunicação adequada ao tempo em que vivemos e em que o som, a imagem e a palavra não vivem isolados. É nesta fase que os alunos poderão criar as tais propostas que vemos circular na Web criadas pelos professores, quando esse é o papel dos alunos.

Para que estas competências contribuam para o sucesso educativo dos alunos é importante que os professores:

- Promovam práticas de metacognição, que levem os alunos a refletir sobre o seu percurso de aprendizagem - as dificuldades encontradas, a forma de as superar e as aprendizagens realizadas.

- Favoreçam a aprendizagem social, pois, ao promoverem o trabalho colaborativo entre os alunos, tal como defende Vygotsky (Zona de Desenvolvimento Proximal),  este tipo de trabalho permite-lhes compreender, reconhecer erros, encontrar respostas, aceitar pontos de vista, discutir ideias, comunicar.

- Apontem caminhos para que os alunos possam transferir o conhecimento adquirido para novos contextos, condição essencial para que se criem verdadeiras aprendizagens. Só assim, de acordo com a teoria da aprendizagem, os alunos alcançam maturidade intelectual.

 

Uma nota final. A emergência das metodologias ativas tem como foco o trabalho do aluno, isto é, que seja ele a construir a sua própria aprendizagem. O professor não implementa uma metodologia ativa quando cria um recurso que apenas passa pela leitura ou consulta do aluno, por muito digital que seja este recurso. O foco continua a estar no professor e não no aluno.

Recentremo-nos naquilo que interessa. A aprendizagem.

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Afinal o que se vai passar nas escolas com a transição digital?

Uma cronologia anotada

Março 28, 2021

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Não haverá ninguém que não tenha ouvido falar no plano de transição digital das escolas. E com ele vieram novas siglas e vários neologismos. Vejamos:

  • PTD - Plano de ação para a Transição Digital (desígnio nacional para responder a compromissos europeus, com o objetivo de desenvolver as competências digitais dos docentes para que possam utilizar as tecnologias digitais em contexto profissional);
  • CD - Competência Digital (genericamente definida como a utilização segura, crítica e criativa das tecnologias digitais para alcançar objetivos relacionados com trabalho, empregabilidade, aprendizagem, lazer, inclusão e/ou participação na sociedade);
  • Check-In - a famosa ferramenta de avaliação da competência digital dos docentes (permite a cada docente autoavaliar-se e aos Centros de Formação integrar os professores em oficinas de formação organizadas em 3 níveis de proficiência);
  • PADDE - Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (apenas os escolhidos pelas direções dos Agrupamentos conhecem bem este documento, mas, a partir de setembro será um documento estruturante da ação das escolas);
  • SELFIE - Self-reflection on Effective Learning by Fostering the use of Innovative Educational technologies (ferramenta que permite às escolas autorefletirem sobre a utilização que fazem da tecnologia educativa no processo de ensino, aprendizagem e avaliação);
  • DigCompEdu - Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores (define as competências digitais que os educadores devem desenvolver, para todos os níveis de educação);
  • DigCompOrg - Quadro Europeu para as Organizações Educativas Digitalmente Competentes (referencial europeu que define as competências digitais que as escolas devem procurar alcançar, ao nível do ensino e da aprendizagem).

 

Como se articulam estes documentos orientadores e o que se espera que os professores façam?

Vejamos em forma de cronologia (pode haver ligeiras discrepâncias de datas ao nível de formação):

- Fevereiro/março 2021 - os professores responderam ao Check-In e, tendo em conta o quadro de referência DigCompEdu, ficaram situados num determinado nível de proficiência de acordo com a sua competência digital. 

- Março 2021 - formação das equipas designadas por cada agrupamento/escola que serão responsáveis pela elaboração  do PADDE.

- Março a junho 2021 - as equipas responsáveis pelo PADDE de cada escola irão parametrizar a ferramenta SELFIE para fazer o diagnóstico da competência digital da escola e, com base nos resultados obtidos, criar o plano de ação. 

- Abril/maio 2021 - Início da formação a nível nacional para todos os docentes, organizada em 3 níveis de proficiência, de acordo com DigCompEdu (vd. página 29):

  • Nível 1 - Recém chegado ou explorador
  • Nível 2 - Integrador ou especialista
  • Nível 3 - Líder ou pioneiro

- Setembro 2021 - Início da implementação do PADDE que deverá ser aplicado até ao final do ano letivo de 2022-2023. Está organizado em 7 dimensões, tal como preconizado no referencial DigCompOrg:

  1.  Liderança
  2. Desenvolvimento profissional contínuo
  3. Recursos digitais
  4. Ensino e aprendizagem
  5. Práticas de avaliação
  6. Promoção da competência digital dos alunos
  7. Infraestrutura e equipamento

As escolas deverão implementar as ações delineadas, com vista à consecução dos objetivos e metas definidos.

 

Uma nota final para a necessidade de envolver toda a comunidade escolar neste processo, que se quer simples e assente em metas exequíveis e adequadas ao projeto educativo de cada escola.

 

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A tecnologia ao serviço do E@D

para fugir do tecnocentrismo

Fevereiro 09, 2021

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Princípios para o uso acertado da tecnologia:

  • Não se deixe dominar pela tecnologia.
  • Seja criterioso nas escolhas.
  • Quando encontrar "aquela ferramenta" que cumpre os objetivos, adopte-a.
  • Se a ferramenta lhe faz perder muito tempo, abandone-a.
  • As ferramentas servem para nos poupar tempo e melhorar resultados.
  • Quanto menos se der por elas melhores são. 

 

No seguimento do último post (Para otimizar o ensino a distância | Conselhos práticos e recursos de apoio E@D) deixamos aqui as sugestões do Biblio Tubers, em termos de ferramentas a usar, para cada uma das fases do Ensino a Distância:

 

Prepare-se

 

Screencastify 

  • Para gravar o ecrã com imagem e som para facilmente lançar desafios, propostas de trabalho, planos semanais, esclarecer dúvidas, fazer tutoriais.
  • Para apresentar os objetivos de aprendizagem aos alunos, isto é o que vão aprender e como vão ser avaliados.

Edpuzzle 

  • Para criar vídeos didáticos e interativos, com exercícios, pistas, comentários.
  • Para introduzir um tema e levar os alunos a refletir sobre o que vão aprender.

Flipboard 

  • Para criar revistas personalizadas e facilmente atualizáveis com conteúdos da web.
  • Para alargar os conhecimentos dos seus alunos, recorrendo aos media e a diversos formatos
  • Para os motivar para o tema em estudo com recursos mais informais.

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  • Para aceder a recursos úteis e variados para a aprendizagem.

 

Ponha em prática

 

Edmodo ou Google Classroom 

  • Para disponibilizar os recursos e as propostas de trabalho aos alunos.
  • Para facilitar a comunicação entre os professores e alunos.
  • Para permitir interação com os Encarregados de Educação.

Zoom 

  • Para videoconferência.
  • Para criar salas para trabalho de grupo.
  • Para interagir com os seus alunos em tempo real.

 

 

Avalie

 

Kahoot ou Socrative

  • Para criar  propostas de trabalho interativas.
  • Para elaborar questionários (preparação de testes, quizzes, etc.).
  • Para avaliar o desempenho dos alunos e obter o feedback em tempo real das aprendizagens.

 

Estes princípios facilitam o trabalho dos professores e dos alunos. A tecnologia é usada de forma (mais) transparente,  o que faz com que alunos e professores se possam focar naquilo que realmente interessa, a aprendizagem.

 

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Para Otimizar o Ensino a Distância

Conselhos práticos e recursos de apoio | E@D

Janeiro 29, 2021

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O ensino a distância assenta na utilização da tecnologia, mas não pode descurar os  elementos que dão corpo a qualquer situação educativa - a pedagogia, que neste contexto deve assentar em metodologias ativas e as relações que se estabelecem entre aluno/ professor e aluno/alunos.

Contudo, como o Biblio Tubers costuma dizer, não se podem transpor para o ensino online as práticas do ensino presencial.

Deixamos, por isso, alguns conselhos práticos e recursos de apoio que poderão contribuir para otimizar o ensino a distância.

 

PREPARE-SE

- Selecione as aprendizagens essenciais verdadeiramente importantes para o sucesso da aprendizagem dos alunos.

- Defina objetivos de aprendizagem claros e exequíveis. Deverá dar a conhecê-los aos alunos.

- Faça a curadoria de recursos, tendo por base o perfil dos seus alunos e os objetivos de aprendizagem. Para isso, deverá seguir o processo de curadoria:

  • Procurar,
  • Avaliar,
  • Selecionar,
  • Disponibilizar.

- Integre os recursos selecionados, diversificando-os no formato (podcasts, vídeos, tutoriais, links para sites, animações, mapas de conceitos, exercícios...) numa proposta de trabalho coerente - cenário de aprendizagem - que mobilize a ação do aluno a 3 níveis (Dunlap e Sands, 2007):

  • Aprender/ conhecer,
  • Integrar,
  • Aplicar.

 

- Integre, neste desenho de cenário de aprendizagem, diferentes:

  • Propostas de atividades (leitura, escrita, criação de mapas de conceitos, demonstrações, simulações, resolução de problemas, perguntas e respostas, testes, projetos...);
  • Modalidades de trabalho (individual, a pares, em pequeno grupo e em grande grupo...);
  • Modalidades de avaliação (autoavaliação, avaliação pelos pares, ...).

 

- Conjugue momentos síncronos (devem ser de curta duração e privilegiar a interação com os alunos) e assíncronos.

- Disponibilize o cenário de aprendizagem que criou na plataforma LMS (Moodle, Google Classroom, Teams ou outra) da sua escola. Para facilitar e orientar o trabalho dos alunos, defina a duração das atividades e as metas que os alunos devem alcançar.

Conselhos práticos e recursos

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PONHA EM PRÁTICA

- Assegure-se que todos os alunos têm acesso à plataforma e aos recursos que preparou.

- Utilize a vídeoconferência para explicar de forma clara as tarefas que os alunos vão realizar, as aprendizagens que devem efetuar e a forma como vão ser avaliados.

- Deixe trabalhar os alunos, garantido um canal de comunicação para tirar dúvidas, pedir esclarecimentos e dar feedback sobre as tarefas que vão realizando.

- Promova, no final da aula, um momento de reflexão em grande grupo, onde devem ser ouvidos os alunos (dificuldades encontradas, aprendizagens efetuadas, expetativas...).

 

Conselhos práticos e recursos

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AVALIE

- Clarifique os critérios de avaliação junto dos alunos, assegurando-se de que estes os compreendem.

- Diversifique os instrumentos e momentos de avaliação para assegurar a recolha de evidências e a tomada de decisões. 

- Regule o processo de ensino, de forma contínua e sistemática, a partir da análise das evidências recolhidas, para introduzir alterações na sua prática (modalidade de trabalho dos alunos, grau de dificuldade dos recursos apresentados, propostas de trabalho simples / complexas,...).

- Regule o processo de aprendizagem, para assegurar que todos os alunos estão a desenvolver as competências definidas.

- Promova a reflexão dos alunos, levando-os a auto e heteroavaliar os seus desempenhos, a partir dos objetivos de aprendizagem definidos e discutidos atempadamente.

Conselhos práticos e recursos

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O Ensino Híbrido nos Planos de Desenvolvimento Digital das Escolas

A escola híbrida como oportunidade para transformar a educação, de Juan Ignacio Pozo

Janeiro 24, 2021

Apesar de todas as limitações, constrangimentos e desigualdades que o Ensino a Distância (E@D) criou nas nossas escolas, não podemos deixar de afirmar que promoveu práticas inovadoras e mostrou o potencial do espaço digital na educação.

O momento que vivemos atualmente em Portugal, confinados devido a uma pandemia que teima em não nos deixar, e no início de um ambicioso Plano de Transição Digital (PTD) da educação, cria as sinergias para refletirmos atempadamente sobre a necessidade de integrar o ensino híbrido nos Planos de Desenvolvimento Digital (PADD) que as escolas terão de elaborar até ao final do ano letivo.

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Relembramos, a este propósito, os artigos que o Biblio Tubers já publicou e que poderão contribuir para uma discussão profícua em torno deste tema.

 

Para voltarmos ao assunto, trazemos hoje um artigo notável, da revista diàlegs (nov. de 2020), da autoria de Jan Ignacio Pozo.

O autor começa por apontar as fragilidades que foram reveladas com o E@D, nomeadamente formas obsoletas, de ensinar e avaliar, o que aponta para a urgência de habilitar os cidadãos, de uma forma geral, para uma sociedade digital, e os professores para uma mudança de práticas.

O autor refere que estas práticas pedagógicas, mesmo em espaços virtuais, continuam a ser unidirecionais:

  • Os professores transmitem informação,
  • Os alunos respondem a fichas e tarefas para serem avaliados.

Ou seja, foram escassos os espaços de interação e colaboração que os ambientes digitais podem e devem promover, pois "a escola confinada perpetuou os modelos de ensino tradicional em que os docentes geriam todo o fluxo de informação em vez de ajudar os alunos a gerir melhor a sua interação com as tecnologias digitais". 

O autor alerta para a necessidade de alterar estas práticas enraízadas, incorporando a cultura digital na escola, pois não podemos fechá-la a a uma realidade que já faz parte da sociedade. Para isto, é necessário "transformar a cultura escolar, pensar em novas formas de ensinar e aprender, em novos projetos educativos, mais abertos e fluídos."

O ensino híbrido - em que se mescla o presencial e o virtual - pode incorporar os PADD, abraçando a tão necessária cultura digital, "não só como uma tecnologia, mas sobretudo como uma forma de nos relacionarmos com os outros e com o conhecimento".

O artigo termina com 10 ideias para renovar as formas de ensinar e aprender numa educação híbrida ou mista.

MAIS...

  • ...atividade cooperativa ou colaborativa, baseada no diálogo supervisionado entre iguais.
  • ... responsabilidade e autonomia para os estudantes.
  • ... aprendizagem experiencial.
  • ... estudo em profundidade de um menor número de temas.
  • ... atenção às necessidades cognitivas, afetivas e sociais de cada estudante.

 

MENOS...

  • ... passividade dos alunos, limitados a escutar e a receber informação quietos e sentados.
  • ... currículos sobrecarregados de conteúdos que tentam abarcar todos os temas.
  • ... enfâse na competição para a classificação.
  • ... memorização de factos ou detalhes.
  • ... instrução para toda a turma centrada na docência.

 

O Biblio Tubers deixa uma última recomendação a este propósito.

As escolas devem ousar mudar e propor mudanças de fundo, em que os docentes se sintam envolvidos e as boas práticas na área do digital sejam o ponto de partida para uma disseminação que se quer participada. Os PADD devem ser elaborados com ponderação e muita reflexão participada, para que sejam verdadeiros planos de ação que guiam os professores, mostrando para onde ir, mas também como o fazer com segurança, em rede. Claro!

Se preferir, oiça o podcast:

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Estúdio de literacias

Novos ambientes de cocriação nas escolas

Novembro 25, 2020

O mundo da educação está a mudar. Procura reencontrar o equilíbrio, abalado com a situação pandémica que o atormenta.

Deseja-se que, por uma vez, se deixe que tenda para a simplificação como qualquer outro sistema natural. Para isso a mudança deve ter origem nas escolas, nos professores e não na academia. Deve ser horizontal e não vertical.

O sistema educativo não suporta (mais) ruturas assentes em teorias, novas ou velhas, impostas por académicos ou decisores que não conhecem a Escola e a quem esta não reconhece autoridade.

É tempo da Escola se fazer ouvir e de assumir a mudança, para a sentir como sua e a adotar com naturalidade e responsabilidade. Sem ruturas, mas com mudanças efetivas, constantes - a ritmos diferentes - para não deixar ninguém para trás. É tempo de agir e de ouvir, de dar a voz aos professores, para que estes possam cumprir a sua missão. Ensinar.

Após este preâmbulo, o Biblio Tuber prossegue a sua missão de contribuir para a inovação nas escolas e apresenta uma proposta que, generalizada, poderá beneficiar o desenvolvimento de literacias nos estudantes, num processo natural, contextualizado e facilitador.

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Congregado num Estúdio de Literacias, a instalar nas escolas, dar-se-á corpo à criação de espaços onde os alunos poderão, com recurso à tecnologia, desenvolver projetos de trabalho variados, planificados por si e/ ou com os professores de forma a permitir o trabalho autónomo em torno das áreas de competência previstas no  Quadro Europeu de Competência Digital para Cidadãos e que se articula com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória:

Literacia de informação e de dados: 

  • Navegação, procura e filtragem 
  • Avaliação
  • Gestão

 

Comunicação e colaboração:

  • Interação
  • Partilha
  • Envolvimento na cidadania 
  • Colaboração 
  • Netiqueta
  • Gestão da identidade digital

 

Criação de conteúdos:

  • Desenvolvimento de conteúdo digital
  • Integração e reelaboração de conteúdo
  • Direitos de autor e licenças
  • Programação

 

Segurança:

  • Proteção de dispositivos
  • Proteção de dados pessoais e privacidade
  • Proteção da saúde e do bem-estar
  • Proteção do meio ambiente

 

Resolução de problemas:

  • Resolução de problemas
  • Identificação de necessidades e de respostas
  • Utilização criativa das tecnologias digitais
  • Identificação de lacunas na competência digital

 

Este Estúdio de Literacias poderá ser requisitado de forma autónoma pelos alunos (também o material poderá ser requisitado) ou em articulação com os conselhos de turma para a realização de projetos de turma.

Os alunos devem ter acesso a alguns recursos básicos:

  • Computador com ligação à Internet e com software de gravação e pós-produção de vídeo e áudio;
  • Câmara(s) de filmar (um bom tablet ou smartphone de última geração poderão substituir a câmara de filmar);
  • Colunas de som;
  • Microfones;
  • Monitor(es) (LCD ou LED);
  • ...

 

Idealmente, este Estúdio de Literacias deverá estar ligado aos monitores espalhados pela escola de forma a permitir emissões em direto, tendentes a promover uma cultura de escola que favoreça o saber e o conhecimento. 

Facilmente, poderão ser feitas emissões de rádio a partir deste Estúdio, para o Agrupamento e zonas populacionais envolventes e mesmo para o Mundo, via Internet.

Terminamos com uma condição para o sucesso deste Estúdio de Literacias. Este é um espaço de cocriação feito com e para os alunos. Assim se formam cidadãos autónomos, capazes de ter Voz num mundo cada vez mais mutável e competitivo.

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