Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

As Bibliotecas Escolares na encruzilhada...

...do analógico ao digital

Março 28, 2020

1 (1).JPG

 

Dando contuidade à publicação de artigos sobre a necessidade de  redesenhar a Biblioteca Escolar, o Biblio Tubers debruça-se, agora, sobre os desafios criados pela pandemia COVID-19 e o confinamento das populações.

 

As bibliotecas escolares, hoje. Que desafios?

Os desafios que apresentámos no artigo A Biblioteca Escolar impõe-se! mantêm-se atuais e reforçam a necessidade de apostar nos 4C:

1. Conectividade, para ligar os utilizadores ao mundo,

2. Colaboração formal e informal,

3. Criação de conhecimento, e 

4. Comunidade, pois a interação entre pessoas é fundamental para a aprendizagem que é, de facto, uma atividade social.

 

A premência de uma mudança imposta a todas as áreas da nossa sociedade mostra que o caminho que preconizámos para as bibliotecas era uma urgência que, agora, fruto do caos criado pela pandemia, se converteu num imperativo.

As bibliotecas estão numa encruzilhada! Continuam a fazer o mesmo? Ou aproveitam o caos para encontrar a ordem? 

E, se dúvidas havia, veio a confirmar-se que a vertente digital da biblioteca, quase sempre esquecida ou até inexistente, é fundamental. É primordial!

Mas não basta mudar do analógico para o digital. É necessário mostrar o valor da biblioteca, inovando, criando conteúdos e assumindo o papel de provedores de informação confiável e segura. Para isso, as bibliotecas devem centrar-se nos utilizadores e implicar-se na aprendizagem. Só assim o valor das bibliotecas se impõe.

 

Retomando o artigo que deu origem a esta problemática, relembramos a filosofia que defendemos para a biblioteca escolar.

Uma Biblioteca que se impõe é aquela em que o acesso à informação é cada vez mais digital, rápido, fácil e  user friendly. Que permite o trabalho individual, colaborativo e com o apoio de mediadores. Que serve a comunidade em que está inserida. Que favorece:

- a inovação. 
- a comunicação.
- o acesso a novas formas de pensar, de ensinar e de aprender. 

 

2.JPG

Do analógico ao digital. Como?

A biblioteca tem de acompanhar os grandes desafios dos sistemas educativos, ajudando a encontrar respostas para:

  • O que aprendemos,
  • Como aprendemos,
  • Onde aprendemos,
  • Quando aprendemos.

Nesse sentido, o valor da biblioteca, e de qualquer organismo educativo, é cada vez mais criado horizontalmente, através de a quem nos ligamos e com quem trabalhamos (OCDE).

Para esta mudança de paradigma, o Biblio Tubers acredita que os passos mais importantes a dar são dois.

Por um lado, criar, ou reforçar a identidade digital de cada biblioteca escolar, pois só assim percebem onde se situam, em relação às respostas que devem dar às comunidades que servem. O que implica definirem metas para o que querem alcançar.

"Não esqueçamos que a missão da biblioteca é a de estar presente onde e quando o utilizador necessita, disponibilizando recursos e permitindo conexões e redes de partilha consentâneas com o ADN do organismo que servem." (in O ADN de uma Biblioteca).

Por outro lado, implementar um processo sistemático de curadoria que vise disponibilizar conteúdos de qualidade para ensinar e aprender e assegurar o acesso persistente a dados digitais confiáveis, através da melhoria da qualidade desses dados, do seu contexto de pesquisa e da verificação de autenticidade. 

Vejamos cada um destes passos com mais detalhe.

 

1. A identidade digital da biblioteca escolar

O conceito de identidade digital promove o questionamento conducente a práticas de autoavaliação e consequente melhoria. Nesse sentido, aconselha-se a que cada biblioteca responda a cada uma das vertentes enunciadas na definição abaixo. Este exercício deve ser feito de forma regular, para nortear a ação da biblioteca. 

Vejamos o conceito: 

“Conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza regularmente para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes”. (J. Borges, 2018).

E agora as questões de fundo a que as bibliotecas devem responder:

  1. Que canais tem a biblioteca?
  2. Qual a periodicidade com que os atualiza?
  3. Qual o critério para a partilha de informação e de conteúdos?
  4. Qual a especificidade dos serviços que presta?
  5. O que a distingue das outras bibliotecas?
  6. Como contribui para melhorar o ensino e a aprendizagem?

 

Não podemos esquecer que a biblioteca deve criar e fazer parte de redes de aprendizagem mais amplas, no sentido de se manter atualizada. Para isso deve:

  • Explorar os interesses e as necessidades da sua comunidade;
  • Estar a par da investigação que é feita nas áreas de interesse em que atua;
  • Estar conectada a outras bibliotecas e instituições da área.

É assim que se criam redes de aprendizagem e é em rede que a identidade digital de cada biblioteca se fortalece e dissemina.

 

2. A curadoria de conteúdos

O grande desafio dos profissionais das bibliotecas é saber encontrar, filtrar, acrescentar valor e disseminar os conteúdos que respondem às necessidades da comunidade que servem.

Curadoria é o processo através do qual selecionamos, analisamos, filtramos, organizamos e partilhamos informação relevante e que nos chega de diferentes fontes. 

 

Nesse sentido, as etapas a seguir para proceder à curadoria de conteúdos são três:

1. Ler / consultar a informação em todo o tipo de canais (blogues, media, redes sociais, podcasts, vídeos,...)

2. Editorializar, isto é:

  • Fazer anotações,
  • Selecionar citações,
  • Resumir,
  • Ligar a outros trabalhos/ artigos/ páginas/...

3. Partilhar

  • Blogue ou página web,
  • Media,
  • Redes sociais.

 

3.JPG

Servir a comunidade. Que serviços?

Os serviços que as bibliotecas prestam são fundamentais, devendo caracterizar-se pela fiabilidade, rapidez de resposta e personalização.

Os serviços que o Biblio Tubers defende adequam-se ao paradigma digital.

Se não vejamos:

  • Solicitar apoio com especialistas.
  • Ter acesso a sessões de literacia online.
  • Reservar salas para trabalho de grupo online com o apoio de um tutor se necessário e o acesso a recursos como: vídeoconferência, fórum de discussão, partilha de documentos, criação de documentos colaborativos.
  • Requisitar micro aulas temáticas.
  • Requisitar micro sessões para utilização de ferramentas, recursos da biblioteca, desenho de unidades didáticas para apoiar os docentes no ensino a distância.
  • Requisitar portáteis, tablets, câmaras, colunas, headphones, microfone, tripés... que, no contexto atual poderão ser entregues em casa, a partir dos meios que cada escola terá definido.
  • Ter acesso a recursos abertos, organizados por áreas temáticas e facilmente recuperados através de palavras chaves ou grande categorias.
  • Ter acesso a um repositório com resumos da matéria em formato áudio (podcasts) ou vídeo.
  • Contar com o serviço de help desk .

 

Nota: O serviço de help desk tem como funções acolher, informar, formar e orientar. Deve responder sempre que possível em tempo real, disponibilizando para isso os seguintes recursos que permitem a interação com o utilizador: 

  • FAQs,
  • Chat e/ou videoconferência, 
  • Formulários online,
  • E-mail de contacto.

Oiça aqui a síntese do artigo:

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Reconfigurar a biblioteca escolar | boas práticas

Bibliotecas improváveis no Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide

Março 10, 2020

Inspirada pelo artigo Reconfigurar a Biblioteca Escolar, a equipa da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide abriu as portas da biblioteca, deixou os livros sair e espera por alunos, professores, assistentes técnicos e operacionais, pais e E.E., comunidade em geral… nas suas bibliotecas improváveis:

A tenda da leitura, a mala dos sonhos, a árvore literária e o baú dos tesouros.

 
 
 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Bibliotecas Improváveis | Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide. #bibliotubers

Uma publicação partilhada por Biblio Tubers (@bibliotubers) a

 

As bibliotecas improváveis na voz de Fernanda Cunha, professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide.

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Reconfigurar a biblioteca escolar | boas práticas

Mercadinho da leitura no Agrupamento de Escolas de Sardoal

Fevereiro 16, 2020

IMG-0813.jpg

Na sequência do artigo Reconfigurar a Biblioteca Escolar, têm surgido várias iniciativas que mostram a vontade de mudar e implementar um novo paradigma, através da criação de bibliotecas móveis.

Este ano, a equipa da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Sardoal comprometeu-se a chegar mais perto da sua comunidade e decidiu tirar a biblioteca do seu espaço fechado e alargá-la com uma “Biblioteca fora de Portas”.

Criou-se um Mercadinho da Leitura junto da sala do aluno, no espaço polivalente da escola, disponibilizando livros, álbuns de banda desenhada e revistas, para serem lidos e consultados livremente e serem requisitados simplesmente através de um QRcode, caso queiram levar leituras até casa.

Em breve, teremos, também, umas pequenas bancas nos três pavilhões que compõem a escola para uso durante os intervalos mais pequenos.

Esperamos assim proporcionar a crianças e adultos momentos agradáveis de leitura e informação, durante a ocupação de tempos livres. 

 

O Mercadinho da Leitura na voz de Jacqueline Almeida, professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas de Sardoal.

***

A Beatriz Soares, aluna do 10.ºA, deu-nos a sua opinião e sugestão quanto ao Mercadinho da Leitura da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Sardoal, que passou a estar disponível junto da sala do aluno no polivalente da escola, onde todos têm acesso a livros e revistas. E agora também poderão consultar jornais, como nos foi sugerido.

Obrigada, Beatriz. Aguardamos mais opiniões e sugestões para estarmos mais perto de quem quer ler.
A Professora Bibliotecária
Jacqueline Almeida

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

As bibliotecas ganham espaços | avaliar para aprender

A avaliação do programa Biblioteca Criativa, na Galiza

Dezembro 22, 2019

IMG_0345.JPG

O programa Biblioteca Criativa, com três anos de existência apresenta no artigo abaixo transcrito os avanços, as dificuldades, os erros e as reflexões resultantes da avaliação deste programa que envolveu 79 bibliotecas escolares. Na origem do projeto esteve a necessidade de transformar as bibliotecas escolares para acolherem todo o tipo de atividades que pudessem interessar a alunos, professores e famílias. Pretendeu-se melhorar a comunicação e a expressão oral, o raciocínio lógico, a criatividade, o trabalho colaborativo, a investigação, a aprendizagem manipulativa e o jogo.

O Biblio Tubers tem vindo a publicar artigos nesta área, pelo que o presente relatório se reveste de interesse, apresentando-se, de seguida, os aspetos mais relevantes:

1. Os espaços criados nas bibliotecas (para além dos espaços interiores, foram também criados espaços exteriores, fixos e/ou amovíveis) pretendem reconfigurá-la, levando-a para além do trabalho quase exclusivo com a leitura e criando novos espaços mais consentâneos com as necessidades pedagógicas que pretendem servir contextos capazes de desenvolver competências chave.

  • Rádio
  • Espaço criativo
  • Criação audio-visual
  • Laboratório
  • Cozinha
  • Teatro
  • Música
  • Atelier

 

2. Os materiais adquiridos para os novos espaços permitiram enriquecer as coleções com múltiplos recursos e ferramentas que, acompanhando os livros, ampliam a sua possibilidade de utilização e interação.

  • Robótica
  • Impressão 3D
  • Ecrãs multitácteis
  • Tablets
  • Equipamento audiovisual
  • Equipamento rádio
  • Materiais artísticos
  • Materiais de laboratório
  • Mobiliário específico

 

3. Formação e acompanhamento que se revelaram fundamentais para a implicação da comunidade. De realçar que a comunidade educativa incluiu não só os alunos e professores, mas também a família e o projeto contou com o apoio de inúmeros parceiros.

 

4. O impacto positivo do programa para alunos e professores

  • Os novos recursos despertaram a curiosidade dos alunos, o que permitiu introduzi-los em novas dinâmicas de aprendizagem
  • Os professores incorporaram estes recursos na sua prática diária
  • A aceitação por parte da comunidade educativa de que a biblioteca vai para além da leitura e do silêncio
  • A inclusão progressiva nas tarefas da aula das inúmeras possibilidades oferecidas pela biblioteca
  • Os recursos e o espaço permitem levar a cabo aprendizagens com grande protagonismo e motivação dos alunos
  • A participação no espaço criativo da biblioteca traduz-se em colaboração e trabalho em grupo
  • A igualdade de oportunidades
  • Os professores desenvolvem novas competências
  • A presença em todos os espaços das escolas
  • O apoio ao currículo através das competências que se promovem
  • A ligação com o trabalho por projetos
  • O trabalho colaborativo e entre níveis de ensino

 

Como nota de conclusão, o Biblio Tubers realça a importância atribuida pela equipa coordenadora do programa à avaliação e à criação de estudos e investigações sobre o impacto deste espaço nas aprendizagens.

O mesmo repto se deixa aqui às bibliotecas portuguesas.

bibliotecas_56.jpgAs bibliotecas gañan espazos. Avaliar para aprender
 
“O máis importante non é o feito de avaliar, nin sequera o xeito de facelo, senón ao servizo de quen se fai”.


Entrando xa no cuarto ano de desenvolvemento do programa “Biblioteca Creativa”, considerouse necesaria unha avaliación que permitise coñecer o momento no que se está e as múltiples iniciativas que en cada centro se están a desenvolver ao abeiro do programa. O encontro previsto para o mes de outubro constituíu un contexto ideal para compartir os avances, tamén as dificultades, os logros e as reflexións que están a xurdir.

 

Referências: As bibliotecas gañan espazos. Avaliar para aprender | Eduga. (2019). Edu.xunta.gal. Retrieved 22 December 2019, from http://www.edu.xunta.gal/eduga/1832/biblioteca-escolar/bibliotecas-ganan-espazos-avaliar-para-aprender

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

O ADN de uma Biblioteca

Identidade digital... procura-se!

Dezembro 14, 2019

adn.jpg

Uma biblioteca de ADN representa todos os genes de um organismo.

Esta definição aplica-se a diferentes organizações, sendo até usual ouvir falar do ADN da empresa A ou da empresa B. A razão é clara! Este ADN representa a especificidade de cada entidade, o que a distingue de todas as outras e que lhe atribui valor acrescentado. Quanto mais conhecermos o ADN da nossa organização, mais valor lhe atribuímos...  em notoriedade, reconhecimento, singularidade.

O agrupamento de escolas, enquanto organismo vivo, que se cria e recria na comunidade em que está inserido, tem também um ADN muito próprio. Cabe aos responsáveis identificar e decompor este ADN, isto é  conhecer a "coleção de fragmentos" que o constituem, para se poder trabalhar a partir dele, com ele e para ele.  Em suma, cada escola deve conhecer muito bem a comunidade que serve.

Se extrapolarmos esta noção para a sociedade em que vivemos, percebemos que esta notoriedade só se alcança através da presença no mundo digital, fruto da rede de contactos que potencializa e maximiza uma presença que se quer cada vez mais impactante no "organismo" que serve. 

As bibliotecas escolares são exemplo deste organismo que vive e se alimenta da e na Web.

Quanto maior for a presença digital de uma biblioteca, maior é a sua notoriedade.

Quando se fala de presença digital, devemos enquadrar esta noção no conceito de identidade digital:

Conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza regularmente para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes”. (J. Borges, 2018).

Todos nós, individual ou coletivamente, somos a identidade digital que criamos, pelo que se torna fundamental levar as bibliotecas a, partindo da especificidade do seu ADN, procurar a sua identidade digital.

Só assim percebem onde se situam, em relação às respostas que devem dar às comunidades que servem, para definirem a meta que querem alcançar. Não esqueçamos que a missão da biblioteca é a de estar presente onde e quando o utilizador necessita, disponibilizando recursos e permitindo conexões e redes de partilha consentâneas com o ADN do organismo que servem.

Uma última nota para a necessidade de ir avaliando inputs e outputs, pois a escola é um organismo vivo que está em constante mutação e a biblioteca não se pode alhear deste facto, procurando encontrar respostas tão criativas e inovadoras quanto as exigências que enfrenta.

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Reconfigurar a biblioteca escolar | boas práticas

Biblioteca móvel na Escola Secundária de Ponte de Sor

Outubro 31, 2019

bib.JPG

Na sequência do artigo Reconfigurar a Biblioteca Escolar, têm surgido várias iniciativas que mostram a vontade de mudar e implementar um novo paradigma, através da criação de bibliotecas móveis.

O exemplo que o Biblio Tubers aqui apresenta chega-nos de Ponte de Sor, com a criação de uma “Banca da Leitura” que disponibiliza livros, BDs, revistas, jornais… Esta banca desloca-se pelo amplo corredor central da escola, criando espaços informais e descontraídos de leitura.

Foi construída com a ajuda dos alunos da Unidade de Ensino Especial, que pintaram caixas de cores alegres e que chamam até si alunos, professores, funcionários e até visitantes que por ali passam.

No sentido de divulgar e dinamizar a biblioteca móvel, serão dinamizados momentos de leitura e pequenos concursos. Também se simplificou o procedimento de empréstimo para facilitar a leitura.

Com a esta “banca” a Biblioteca Escolar pretende aumentar os hábitos de leitura e desenvolver uma cultura de saber na escola.

 

A Biblioteca Móvel na voz  de Alzira Martins,  professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas de Ponte de Sor.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Reconfigurar a biblioteca escolar

Novas formas de estar e fazer (n)as bibliotecas

Outubro 13, 2019

O Biblio Tubers apresenta a crónica "Queridos, mudei a biblioteca!", do Fónix Lab, pois apresenta pistas muito interessantes para mudar o paradigma das bibliotecas e, desta forma, povoar a escola com aquilo a que chamam de bibliotecas móveis.

6_pistas_mudar_biblio.JPG

Oiça o podcast e leia a crónica na íntegra. O Biblio Tubers disponibiliza, ainda, um pequeno cartaz e um exemplo de formulário, que poderá usar na sua biblioteca.

bib.png

As imagens reproduzidas são do livro A Menina dos Livros de Sam Winston e Oliver Jeffers 

Pode aceder ao formulário através do QR Code na imagem, ou aqui.

Podcast:

 

Leia a crónica na íntegra:

Queridos, mudei a biblioteca!

Invariavelmente, os jantares de fim de semana com amigos, muitos deles professores, levam-nos a conversar sobre a escola. Desta vez, fruto de um encontro internacional que está a decorrer no nosso país, o tema foi a leitura e a discussão acabou por centrar-se nas bibliotecas.

Se não vejamos:

1º As bibliotecas públicas estão vazias.

2.º As bibliotecas escolares padecem do mal do século: apesar dos recursos que disponibilizam, a sua utilização e correspondente impacto nas aprendizagens fica muito aquém daquilo que seria expectável.

3º Os alunos só vão à biblioteca quando participam em atividades que aí decorrem.

4º Os professores fogem da biblioteca e do professor bibliotecário porque pensam que vão ter mais trabalho e, sobretudo, porque não existe uma cultura de biblioteca.

5º As boas práticas, em que os alunos têm autonomia para "estar e fazer a biblioteca", mostram um aumento significativo do número de utilizadores e um impacto positivo nos hábitos de leitura.

6º As bibliotecas, um pouco por todo o mundo, estão a (re)configurar-se e (re)adaptar-se a este novo mundo.

Perante estes seis factos, concretos e tão evidentes, valerá a pena continuar a insitir?Já Einstein dizia: "Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes".

Sabemos que as bibliotecas não têm dinheiro, têm poucos recursos humanos, mas tal como na nossa casa, quando uma coisa não está bem, mudamo-la de lugar... e porque não aplicar o conceito "Querido, mudei a casa..." às bibliotecas?

E como sabemos que os nossos irreverentes leitores gostam de pistas... aqui ficam sete:

1º Selecione livros que tenha repetidos, revistas, álbuns de banda desenhada, por exemplo, e coloque-os em "recipientes" o mais bizarros possível (caixotes de madeira, cadeiras, caixas de sapatos, paletes, caixas de cartão, pode ir mais longe e pedir num supermercado um carrinho de compras, ...).

2º Selecione um ou vários lugares estratégicos na sua escola, por onde passem muitos alunos e professores e instale aí a sua biblioteca móvel. Junte-lhe umas almofadas velhas, uns sofás, ou cadeiras e acrescente informação visual sugestiva. 

3º Não se aflija com a necessidade de registar empréstimos. Para ir habituando e, assim, educando os leitores, deixe um código QR para um formulário de empréstimo muito simples (nome do leitor, do autor e do livro... nada de cotas, caro leitor!) ou um pequeno dossier, com este registo em formato papel, onde o leitor poderá registar o livro que levou.

4º Se vir que os leitores não "povoam" o espaço, arranje voluntários a horas estratégicas para que se torne hábito ver ali pessoas a ler ou a conversar, em torno da leitura.

5º Não seja formal no prazo de entrega do livro, nem na forma como esta será feita. Permita que o leitor deixe o livro na biblioteca sem qualquer formalidade.

6º À medida que o projeto for evoluindo, crie momentos de verdadeira partilha de leituras: sugestões de livros, registos de leituras favoritas, criação de pequenos podcasts, ou comentários escritos...

Peça, por exemplo, à direção da sua escola, um quadro, ou até um espaço em vidro ou em acrílico, onde os leitores, de forma livre e autónoma, possam fazer registos espontâneos sobre a leitura.

7º Crie pequenos concursos: o leitor mais assíduo na biblioteca móvel; o leitor mais criativo nos registos escritos; o leitor mais opinativo (aquele que dá mais sugestões de livros, de locais para ampliar a biblioteca)...

São sete pistas de mudança que poderão catapultar a biblioteca para a escola, na verdadeira aceção da palavra. E com este "Queridos, mudei a biblioteca!" estaremos a caminhar para mudanças verdadeiramente significativas, na forma de ver, de aceder e de construir conhecimento. E, desta forma, daremos corpo àquela que é a missão da escola.

PS. Se o Velho do Restelo da sua escola vos assustar com possíveis desaparecimentos e / ou danificação de livros, ou ainda com o excesso de autonomia / liberdade dada aos alunos para se expressarem livremente nos locais das bibliotecas móveis, lembrem-Lhe que a missão da escola é formar os alunos. Esta autonomia é um ato de cidadania e uma oportunidade para os alunos se assumirem enquanto cidadãos.

 

ReferênciaQueridos, mudei a biblioteca!. (2019). Fonixlab.com. Retrieved 13 October 2019, from https://fonixlab.com/queridos-mudei-a-biblioteca-9018

 

 

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Literacia mediática: Uma competência essencial na sociedade atual

O papel das bibliotecas escolares

Outubro 03, 2019

A literacia mediática, a rede de aprendizagem e a curadoria de conteúdos estão intimamente ligadas. São competências essenciais do professor e de qualquer profissional do século XXI que se quer manter atualizado, num mundo em mudança acelerada.

Se um professor não tem a capacidade de se autoformar, de aprender, quem a terá?

Hoje mais importante do que aquilo que se sabe quando se tira uma licenciatura ou qualquer outro título académico é a capacidade de continuar a aprender. Esta é uma exigência da sociedade atual.

É, por isso, fundamental que os professores sejam capazes de se autoformar ao longo da vida, só assim podem formar alunos com essa mesma capacidade.

A Escola deve ensinar com os Media e para os Media, com a Web. Ou não aprendessemos nós 70%  do que sabemos em redes informais. A missão da Escola mantém-se e reforça-se: transformar a informação em conhecimento. É uma oportunidade para aproximar os alunos da escola, e esta da sociedade, favorecendo aquele que deve ser o novo papel do professor.

O professor já só está sozinho na sala de aula se quiser.

É o tempo da biblioteca escolar sair de portas, alargar o seu âmbito e entrar na sala de aula, assumindo-se como o centro difusor do saber na Escola e na comunidade educativa. Desta forma promoverá uma cultura do saber na Escola. Como fazê-lo?

Estas foram algumas das ideias apresentadas e desenvolvidas nesta comunicação.

Literacia mediática: uma competência básica na sociedade atual

Apresentação feita no dia 24 de novembrode 2018, no 11º Encontro de Bibliotecas de Famalicão.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Flexibilizar o currículo: Qual o papel das Bibliotecas Escolares?

Um desafio para a Escola e para os Professores

Setembro 29, 2019

Os planos de autonomia e flexibilidade curricular valorizam o papel da Escola na construção de novos perfis e novas competências dos alunos. Nesse sentido os documentos orientadores de cada escola devem focar-se não só na vertente organizacional, mas também na vertente do aprender e do ensinar. Só assim se melhorará a qualidade das aprendizagens.

Nesta apresentação, são apresentadas as diferentes áreas da flexibilidade curricular e são apontadas pistas para um trabalho de verdadeira articulação com a Biblioteca Escolar.

FLEXIBILIZAR O CURRÍCULO: qual o papel das BIBLIOTECAS ESCOLARES?

Apresentação feita nos Colóquios da Neve, na Covilhã, em 23 de novembro de 2018.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Inovar em Educação

Novas formas de ensinar e de aprender

Setembro 29, 2019

Captura de ecrã 2020-09-10, às 17.26.54.png

Os novos desafios lançados pela autonomia e flexibilidade curricular são, de facto, oportunidades para inovar e a biblioteca escolar é, por excelência, um local de inovação. 

Nesse sentido, são apresentadas algumas pistas para que os professores possam contar com o apoio da Biblioteca, no exercício efetivo da autonomia curricular, implementando novas formas de organizar o espaço e o tempo.

 

Inovar em EducAçãO

Apresentação feita no lançamento do ano letivo no Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, em 5 de setembro de 2019.

Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Twitter

Facebook

Analytics