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Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

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Que formação de professores?

A emergência do aprender a aprender

Agosto 28, 2020

No século XXI, como em nenhum outro tempo, a formação é crucial para qualquer profissional. O avanço científico é tal que, quem não se mantiver atualizado, rapidamente ficará obsoleto, independentemente do seu grau académico.
O professor não foge à regra.

E a esta necessidade de atualização constante acresce a sua formação de base que, apesar de responder a questões muito específicas, não tem conseguido preparar o professor para desafios novos.

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Como resolver este problema?

A grande questão que se coloca à escola, hoje, é a da aprendizagem.

O cenário mudou radicalmente e quase da noite para o dia. Os avanços tecnológicos mudaram o mundo. As implicações na sociedade, nas instituições, na nossa vida são as de um terramoto. A Internet, a rede mundial de computadores, a Web materializam essa mudança e exigem que os profissionais da educação, sobretudo estes, sejam capazes de a usar em seu benefício.

Os professores só podem ensinar o que sabem, o que dominam e nem sempre são capazes de tirar o devido partido da tecnologia, isto é, usá-la como meio para, com menos investimento de tempo e de trabalho, os alunos aprendam mais e melhor.

Note-se que as bibliotecas tradicionais, fontes de informação e conhecimento até aqui, estão a passar por uma fase de estagnação. Se não forem capazes de se reinventar, a curto prazo, não passarão de museus... e isto para os mais saudosistas. Estas fontes de informação e conhecimento estão agora na Web, que se constitui já como a maior biblioteca do Mundo.
Trabalhamos, brincamos, viajamos, lemos, escrevemos, aprendemos, estudamos, socializamos na Web. Vivemos na Web.

O Biblio Tubers pensa, por isso, que a formação de professores deveria dotá-los, antes de tudo, de competências que lhes permitissem tirar partido da Web, para os tornar proficientes no que respeita ao aprender a aprender, com tudo o que isso implica.

Isto é, os professores devem ser capazes de, per si, adquirir novos conhecimentos e competências. Só assim, dominando este processo, serão capazes de o ensinar aos seus alunos. E só assim se poderia pôr fim ao ciclo “preciso de formação”, sempre que surge alguma novidade na área da educação.

Os professores devem ser capazes de se assumir como curadores de conteúdos, isto é devem saber procurar, selecionar, analisar, filtrar, organizar, validar e partilhar informação de diferentes fontes, com recurso a diferentes ferramentas digitais.

A formação deve, por isso, colmatar esta lacuna. A curadoria de conteúdos é uma competência imprescindível para qualquer profissional do século XXI e, particularmente, para o professor.

Dominando o processo de curadoria, o professor (ou qualquer pessoa) será capaz de reunir a informação necessária para crescer profissionalmente, isto é reuni-la para aprender sobre qualquer assunto e, ligando os pontos, transformá-la em conhecimento. É o que se pretende que a escola faça, desde sempre.

Por tudo isto, afigura-se-nos que a formação que se impõe é a da Curadoria Digital.

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Avaliação das aprendizagens | Novas perspetivas

A tecnologia ao serviço da avaliação

Agosto 27, 2020

A avaliação é uma componente essencial do processo educativo. É também uma das maiores preocupações dos docentes, que procuram assegurar a equidade e transparência de todo o processo. Ao longo do 3.º período do ano letivo transato foi, aliás, uma das questões mais prementes, apontada por professores, alunos e pais, dado o ensino a distância e a necessidade de avaliar os alunos, com recurso à tecnologia.

Será a tecnologia uma aliada neste processo?

O relatório apresentado pelo Jisc, e que conta com a colaboração de especialistas de renome na área da educação e da avaliação, aponta cinco objetivos que deveremos alcançar até 2025.

O Biblio Tubers disponibiliza o documento na íntegra, mas apresenta aqui essas cinco metas de forma resumida.

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Introdução

A avaliação faz parte de qualquer processo em que nos envolvamos, desde a compra de uma peça de vestuário, até à escolha de um prato no restaurante. É essa avaliação (a roupa fica-me bem? O prato é bom? A relação qualidade preço é ajustada?) que me leva a aprender e a tomar as decisões mais acertadas, da próxima vez que tiver de voltar a escolher uma peça de vestuário ou o prato num restaurante.

Essa capacidade de tomar decisões acertadas é fundamental e assegura a qualidade de todo o processo, o que se torna especialmente importante se aplicada à educação.

A tecnologia tem vindo a assumir uma importância crescente no domínio da avaliação, podendo assegurar rapidez, adequação e equidade.

Nesse sentido, o relatório aqui apresentado aponta para a importância da tecnologia que pode estar ao serviço de uma avaliação que deve ter em conta cinco princípios:

        1. Autenticidade

Assegurar que a avaliação prepara os estudantes para o que vão fazer e, por isso, deve ser contextualizada e mais realista, tendo em conta as competências que se pretendem desenvolver nos alunos.

Desta forma, para além de se preparar o aluno para desenvolver múltiplas competências, levamo-lo a integrar os seus conhecimentos e capacidades, promovendo uma aprendizagem mais efetiva e integradora.

Exemplos: Criação de páginas web, de perfis online, produção de vídeos, utilização dos media.

Desta forma, podemos avaliar todo o processo de aprendizagem e não apenas o produto, para além de prepararmos os nossos estudantes para o mundo do trabalho, que é cada vez mais digital.

 

     2. Acessibilidade

A avaliação deve ser inclusiva, isto é deve estar acessível a todos, nomeadamente aos alunos com necessidades educativas.

Nesse sentido, a avaliação deve beneficiar todos os alunos, permitindo-lhes produzir o melhor trabalho possível, tendo em conta as capacidades de cada um. O facto de podermos utilizar a tecnologia esbate estas diferenças que se tornam mais evidentes em testes escritos.

Exemplos: Tirar partido das funcionalidades inclusivas da tecnologia (mudar o tamanho, cor, tipo de letra); permitir a utilização de voz ou a transformação da voz em texto e vice-versa.

 

     3. Automatização

A tarefa avaliativa deve ser facilitada para que os professores possam dar feedback aos seus alunos de forma mais rápida, detalhada e eficaz.

A tecnologia pode ajudar a automatizar alguns aspetos da avaliação, nomeadamente na atribuição da pontuação e no feedback.

Exemplos: Utilização de testes de escolha múltipla online.  Tirar partido de algumas funcionalidades da tecnologia como o corretor ortográfico.

Já existem alguns softwares (EUA) que comparam trabalhos de alunos e "dão feedback" (ACJ - Adaptive comparative judgment).

 

    4. Continuidade

A avaliação deve criar a oportunidade de melhoria contínua do estudante, preparando-o para a aprendizagem ao longo da vida e para uma adaptação constante à evolução que vivemos, sobretudo no mundo do trabalho.

Nesse sentido, é fundamental que os estudantes desenvolvam competências como a autonomia e a capacidade de aprender a aprender.

Assim, a avaliação deve ter um cariz formativo, para que o aluno se aperceba das suas fragilidades e possa melhorar de forma contínua.

Exemplos: Tirar partido das potencialidades da inteligência artificial para adequar os momentos de avaliação a cada um dos alunos; facultar momentos em que os alunos mostrem evidências do que aprenderam. 

 

     5. Confiabilidade

Assegurar que a avaliação é a adequada ao aluno e que o trabalho que é submetido por ele foi de facto feito por si.

A integridade académica é um aspeto a ter em conta, pelo que o desenho de um momento avaliativo é fundamental, devendo ter em conta a adequação das tarefas avaliativas e a personalização ao aluno, ao contexto e à situação de aprendizagem.

Exemplos: Para evitar fraudes, a tecnologia pode ajudar com dados biométricos, como o reconhecimento da impressão digital ou do rosto.

 

Conclusão

Para que o setor da avaliação inove, é necessário tirar partido das imensas oportunidades que o digital oferece. Só assim a avaliação poderá ser relevante e alinhada com as necessidades do mundo atual. Para isso, é fundamental que as instituições académicas melhorem as infraestruturas para que a tecnologia seja utilizada de forma efetiva e apropriada.

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Que aprendizagens contemplar num plano de atuação

Definir o que é essencial para o sucesso de todos os alunos

Agosto 17, 2020

Na sequência das Orientações para a Recuperação e Consolidação das Aprendizagens ao Longo do Ano Letivo de 2020/2021 (ME, 2020), e do lançamento do Plano Escola 21|23 Escola+, cabe às escolas criarem os seus planos de atuação onde contemplem as respostas organizacionais, curriculares e pedagógicas que encontraram para a recuperação e consolidação das aprendizagens dos seus estudantes.

Um dos primeiros passos a seguir é a seleção das aprendizagens consideradas verdadeiramente essenciais

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Estas aprendizagens são as que correspondem ao que os estudantes devem aprender, em cada ano, para terem sucesso. Distinguem-se de outras menos prioritárias e que servem para enriquecer o que o aluno aprende.

Estas aprendizagens são transferíveis e duradouras.

 

A elaboração do plano de atuação implica o trabalho colaborativo e envolve cinco momentos essenciais.

1.º Analisar os documentos de referência:

  • Perfil dos alunos
  • Aprendizagens essenciais
  • Documentos de avaliação e planificação utilizados em cada escola

Os professores poderão socorrer-se de outros documentos (exemplos de outras escolas, artigos de interesse, estudos inovadores,...).

É importante que os docentes clarifiquem conceitos, para que todos "falem a mesma língua" e trabalhem para o fim último que é o sucesso dos estudantes.

 

2.º Definir os resultados de aprendizagem

A equipa deve começar por definir os resultados de aprendizagem pretendidos, isto é, o que os alunos devem saber após um determinado período de tempo, numa determinada área.

Esses objetivos devem ser smart:

  • Específicos
  • Mensuráveis
  • Alcançáveis
  • Relevantes
  • Balizados temporalmente

Para saber mais sobre indicadores smart consulte este documento do Instituto Camões.

 

3.º Selecionar as aprendizagens a realizar pelos estudantes

A partir da análise dos documentos de referência, os docentes definem quais as aprendizagens essenciais, que todos os alunos deverão aprender. Isto é, os conhecimentos que os estudantes devem aprender e as competências que devem desenvolver para poderem avançar em cada área curricular.

Esta etapa é importante, pois implica clareza na definição das aprendizagens que devem ser discutidas com os alunos.

Nota: Não esquecer que se devem privilegiar as aprendizagens que sejam essenciais para o sucesso do aluno e que sejam transferíveis e duráveis. Devem ter-se em conta, também, as aprendizagens que poderão ser avaliadas em provas/ exames nacionais.

 

4.º Definir níveis de desempenho para cada aprendizagem

Após a seleção das aprendizagens essenciais, a equipa deve identificar os elementos observáveis ou as manifestações de aprendizagem que correspondam ao objetivo definido, através da definição de níveis de desempenho (adequados aos critérios de avaliação).

Os alunos devem ter conhecimento destes níveis de desempenho, isto é devem saber, de forma clara, o que se espera deles.

É importante, também, que a equipa pense na forma como os alunos vão demonstrar o que aprenderam (projeto, apresentação oral, teste escrito,...)

 

5.º Planificar o processo de ensino e de aprendizagem

A equipa pedagógica deve planificar as sequências de aprendizagem em conjunto.

Deve ser criado um documento flexível e aberto a alterações que podem e devem ser incluídas sempre que necessário, por exemplo para adequar a planificação ao ritmo de aprendizagem dos alunos.

Para cada sequência de aprendizagem, os professores devem definir uma tarefa de avaliação em conjunto que permita verificar se os alunos realizaram as aprendizagens pretendidas.

 

Uma nota final para a necessidade de criar planos realistas e viáveis que tenham efetivamente em conta o que é considerado prioritário para os alunos.

De realçar que este tipo de trabalho permite um alinhamento vertical do currículo, com as vantagens que daí advêm para os alunos, para além de favorecer o trabalho colaborativo entre os docentes.

 

Se tiver algo a acrescentar, por favor, use o espaço para comentários abaixo.

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O papel dos atores educativos na criação de REA

Caixa de ferramentas para curadoria e criação de recursos educativos abertos | AASL

Agosto 10, 2020

Esta caixa de ferramentas (toolkit) sobre recursos educativos abertos (REA), criada pela Associação Americana de Bibliotecários Escolares (AASL), está organizada em cinco cenários, que são apresentados a partir de personagens tipo, seguindo-se algumas questões de reflexão que permitem consolidar a informação veiculada no cenário.

O objetivo principal deste documento é ajudar os atores educativos a compreenderem o processo de curadoria e de criação de REA para as suas escolas.

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Apresentam-se, de seguida, os cenários organizados em torno de quatro personagens, que assumem os papéis que se apresentam abaixo.

Para aprofundar, consulte o documento original.

1. Diretores/ Administradores

O diretor aposta na disseminação de recursos educativos, consciente da importância dos REA para a sua comunidade educativa, não só pela redução de custos mas também pela excelente oportunidade de inovação que provocarão junto dos docentes.

A sua ação passa pela pesquisa de casos de sucesso e a sua apresentação aos docentes, pais e encarregados de educação, devendo envolver as chefias intermédias neste processo.

 

2. Coordenadores de bibliotecas

Para além da redução de custos e facilidade de atualização, o coordenador percebe também que os REA contribuem para o sucesso académico dos alunos e que se adequam cenários de ensino híbrido.

Contribui, ainda, para o desenvolvimento profissional dos professores bibliotecários, podendo ser utilizados inúmeros meios de disseminação. 

Este trabalho deverá ser antecedido de um período de diagnose (através da aplicação de questionários) para avaliar o grau de conhecimento dos professores bibliotecários, organizando-os em três categorias: iniciante, intermédio e avançado.

 

3. Professores bibliotecários

Dada a sua formação de base, o professor bibliotecário terá já alguns conhecimentos de REA e pode, por isso, liderar este movimento na sua escola. Nesse sentido, poderá ajudar os professores a avaliar recursos educativos, assegurando a sua efetiva utilização em contexto de sala de aula.

Pode servir de exemplo, disponibilizando materiais criados por si e divulgando-os junto dos professores, para que estes façam o mesmo. Isto é, ajuda os professores a fazerem a curadoria dos seus próprios recursos e a partilha local e global.

 

4. Professores/Educadores

O professor deve colaborar com o professor bibliotecário e, caso necessário, poderá fazer alguma formação sobre REA, por exemplo ao nível de departamento curricular.

Desta forma, o professor aperceber-se-á das potencialidades da tecnologia na criação e disseminação dos REA, tomando conhecimento de outros recursos educativos de qualidade que poderá utilizar nas suas aulas. 

 

Esta caixa de ferramentas disponibiliza ainda recursos muito interessantes, para cada um dos cenários, que ajudarão as escolas a implementar novas práticas pedagógicas assentes em REA.

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O Biblio Tubers na Rede

Somos e crescemos em Rede

Agosto 06, 2020

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Photo by Riccardo Annandale on Unsplash

 

Sítios na web que citam/ partilham o Biblio Tubers. Gradualmente irão ser incluidos mais. Poderá colaborar connosco deixando outros links nos comentários a este post.

 

Instituições

 

Agrupamentos de Escolas e outros

 

Blogs pessoais



Centros de formação / Formação

 

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O futuro da educação está aqui!

Orientações das Nações Unidas para a Educação durante e pós COVID-19

Agosto 06, 2020

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Photo by Ante Hamersmit on Unsplash

 

As Nações Unidas acabam de lançar o documento "Policy Brief: Education during COVID-19 and beyond" onde apresentam a campanha "Salvar o nosso futuro" que está organizada em torno de quatro áreas chave:

  1. Reabertura das escolas, que deve envolver os vários parceiros, pais, professores, técnicos, jovens...
  2. Financiamento da educação, pelo que é imprescindível que os decisores políticos invistam em políticas educativas capazes de reinventar, de forma séria, o ensino.
  3. Reforço da resiliência dos sistemas educativos para assegurar a equidade e o desenvolvimento sustentável, sem esquecer os grupos em maior risco de exclusão.
  4. Reimaginar a educação para acelerar a mudança positiva do ensino e da aprendizagem, pois vivemos numa época em que é necessário implementar mudanças de fundo.

Por isso, é preciso investir em literacia digital, em infraestruturas, no aprender a aprender, apostando no rejuvenescimento da aprendizagem ao longo da vida e no fortalecimento das relações entre a aprendizagem formal e não formal.

 

O secretário geral da Nações Unidas, António Guterres, lançou a campanha "O futuro da educação está aqui" onde apresenta as linhas gerais do documento, reforçando a necessidade da inovação.

 

António Guterres defende que o futuro da humanidade depende da educação, alertando para os riscos da pandemia que deixou de parte os mais vulneráveis e aumentou as desigualdades. Nesse sentido urge dar passos que criem inclusão, resiliência e sistemas educativos de qualidade.

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Repensar o futuro da educação: o que pensam os jovens?

Das soft skills à aprendizagem digital

Agosto 02, 2020

A 15 de julho, as Nações Unidas comemoram o Dia Mundial das Competências dos Jovens, reconhecendo a capacidade que têm de fazer escolhas relativamente à sua vida académica e profissional.

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Photo by Felicia Buitenwerf on Unsplash

 

Este ano, face à situação de pandemia, s jovens apresentaram sugestões para redesenhar a educação no pós Covid-19, para fazer face a um mundo que muda tão rapidamente.

De entre as competências que entendem privilegiar, destacam quatro:

  1. Competências modernas, que preparem o jovens para a aprendizagem ao longo da vida o que implica a atualização dos currículos académicos.
  2. Soft skills são a chave, nomeadamente a comunicação, o pensamento crítico, a resiliência...
  3. Conetividade e aprendizagem digital são fundamentais em educação, pelo que os sistemas educativos devem privilegiar a vertente digital.
  4. Descentralização da educação, de forma a alcançar comunidades vulneráveis.

 

Leia o artigo na íntegra abaixo:

 

Reimagining the future of skills: what do young people think?

  • COVID-19 is casting a long shadow over the futures of young people all around the world.
  • On World Youth Skills Day, we asked young people their thoughts on redesigning education and skills for the post-COVID era.

 

 

 

Referência: Reimagining the future of skills: what do young people think?. (2020). Retrieved 2 August 2020, from https://www.weforum.org/agenda/2020/07/reimagining-future-skills-what-we-learned-young-people/

 

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A metodologia de trabalho de projeto em ação

O papel do professor, enquanto agente de mudança

Julho 29, 2020

A escola portuguesa vive, atualmente, um período de profundas transformações que visam, prioritariamente, promover o sucesso dos alunos numa dimensão humanizada.

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Photo by Jeff Sheldon on Unsplash

 

O Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória e a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, por exemplo, associados a uma época de pandemia, exigem novas práticas e metodologias.

A metodologia do trabalho de projeto está contemplada neste documentos orientadores, pelo que se torna fundamental dotar os docentes de competências que lhes permitam colocar os alunos num papel central, proporcionando-lhes situações de aprendizagens significativas. Para além disso, promove:

  • A inovação nas práticas de gestão curricular;
  • O papel do professor, enquanto agente de mudança;
  • A reflexão sobre o trabalho de projeto na consecução dos objetivos definidos nos projetos de autonomia e flexibilidade curricular dos agrupamentos.

Esta metodologia favorece:

  • O desenvolvimento de competências consignadas no Perfil do Alunos: comunicar, trabalhar em equipa, decidir, avaliar;
  • O envolvimento do aluno na conceção, realização e avaliação de projetos, que articulam saberes de diversas áreas disciplinares e que promovem a transferibilidade das aprendizagens.

A apresentação que se disponibiliza mostra um exemplo de um dispositivo de intervenção, criado por um grupo de professores (João Magusto, João Vitor, Paula Ribeiro, Teresa Taborda e Sandra Santos), na oficina de formação "Gerir projetos no âmbito da autonomia e flexibilidade curricular:  a metodologia do trabalho de  projeto", que decorreu no CFAE A23, em Torres Novas.

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Serviço de Referência na Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Sardoal

Acolher, informar, formar e orientar

Julho 23, 2020

Numa escola, ter acesso à informação é essencial tanto para o processo de ensino como para o de aprendizagem. É nesse apoio que o papel da biblioteca escolar se define cada vez mais: apoio a docentes,  a alunos, a encarregados de educação e a todos os elementos da comunidade educativa, quer presencialmente, quer a distância.

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Photo by Priscilla Du Preez on Unsplash

O mundo global que caracteriza a nossa sociedade exige o acesso rápido a qualquer sítio web, ideia ou opinião. Mas, para isso, temos de saber o que procurar, como e onde...

E é aqui que a biblioteca escolar assume uma presença fundamental de curadoria, orientação formação e divulgação de recursos.

Para tal, a biblioteca escolar tem de definir o seu serviço de referência, isto é "o apoio prestado ao utilizador na seleção e avaliação dos recursos informativos e na forma de lhes aceder. Este apoio ― que compreende o aconselhamento pessoal, a disponibilização de informação e a orientação no acesso aos recursos físicos e digitais ― assume tal relevância que, no presente, é ele que caracteriza a qualidade das bibliotecas, tanto ou mais do que as coleções que as compõem." (in: PORTUGAL. Ministério da Educação. Gabinete da Rede Bibliotecas Escolares. Portal RBE: Serviço de referência nas bibliotecas escolares: orientações [Em linha]. Lisboa: RBE, atual. 03-06-2020. [Consult. 23-07-2020] Disponível em WWW: <URL: http://www.rbe.mec.pt/np4/2572.html>)

Como tal, a Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Sardoal, que tem vindo a desenvolver nestes últimos anos um trabalho nesta área, decidiu publicar o documento Serviço de Referência na Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Sardoal (clique no link para aceder ao documento).

 

Oiça aqui a apresentação deste serviço, feita pelo professora bibliotecária, Jacqueline Almeida.

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Que caminhos abrem as orientações do Ministério da Educação para 2020/21?

Como pode a tecnologia ajudar a mudar a educação?

Julho 21, 2020

As experiências da Estónia, Uruguai, Finlândia, República da Coreia e EUA foram o ponto de partida para a procura de respostas que se poderão colocar no próximo ano letivo e que são apresentadas no documento que aqui analisamos - Tecnología: lo que puede y no puede hacer por la educación - Una comparación de cinco historias de éxito, do Banco Interamericano do Desarollo:

  • O que acontecerá se as escolas encerrarem?
  • Como podem os estudantes aprender sem a presença física de um professor?
  • Como avaliar as aprendizagens dos estudantes?

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Photo by Caleb Jones on Unsplash

 

O pensamento que sobressai destes cinco exemplos podem trazer pistas importantes para os planos de ação que as escolas estão a criar para o próximo ano letivo.

As orientações do ME apontam preferencialmente para o ensino presencial, contudo, sabemos que, de um momento para o outro, a educação pode ficar inteiramente dependente da tecnologia. Mais do que um problema, esta é uma oportunidade para desenvolver novas capacidades, necessárias para o sucesso pessoal, académico e profissional na era digital.

Nunca foi tão importante o aprender a aprender, o que implica uma profunda alteração nas formas de aprender e ensinar nas nossas escolas. Para além de competências sócios-emocionais como a empatia, a adaptabilidade, a resiliência, as competências digitais, como o pensamento crítico, a comunicação, a criatividade e a resolução de problemas associam-se  à necessidade de aprender ao longo da vida.

E, se nada disto é novo, agora, tornou-se premente.

Que desafios para as escolas?

  1. Implementar novas formas de aprender, a tecnologia permite adaptar/ diferenciar o processo de aprendizagem, criando instruções individualizadas, dentro do grupo turma, o que pode diminuir as desigualdades ao nível da aprendizagem.
  2. Atualizar o papel dos docentes, centrando a mudança/ inovação nas práticas pedagógicas consentâneas com as novas formas de aprender. Isto implica valorizar os professores e dar-lhes autonomia para que tomem decisões a nível local.
  3. Diversificar as práticas docentes, apostando na sua formação para a criação de recursos de aprendizagem adequados aos seus alunos e a novos ambientes de aprendizagem.
  4. Alinhar a educação com uma sociedade cada vez mais digital, pois as escolas devem ver a aprendizagem como um processo flexível, aberto e colaborativo que pode acontecer em qualquer parte, enriquecida com a tecnologia digital.

Veja-se a este propósito o modelo de aprendizagem inteligente do sistema educativo finlandês:

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Clicar na imagem para a ampliar

 

Esta nova forma de ver e fazer educação implica uma rutura com a configuração tradicional da aula, gerida por um professor que controla o processo de ensino e aprendizagem. Os novos ambientes educativos devem promover a participação ativa dos estudantes na sua aprendizagem. O papel do professor é criar esses ambientes, discutindo os objetivos de aprendizagem com os estudantes e mostrando-lhes que são eles próprios que determinam a qualidade da sua aprendizagem.

A cultura organizacional da escola tem um papel importantíssimo para esta alteração de práticas. Colaborativamente, os professores devem desenhar estes ambientes de aprendizagem inteligentes, nomeadamente as metodologias a implementar e as ferramentas a utilizar, sem esquecer a importância de uma gestão adequada dos ambientes físico e virtual.

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Clicar na imagem para a ampliar

 

A avaliação, vista como elemento integrante de todo o processo, é fundamental, sendo o e-portefólio uma ferramenta poderosíssima, não só a  para a aprendizagem mas também para a avaliação.

O Biblio Tubers já disponibilizou um guia, dividido em três partes, sobre e-portefólios.

As cinco experiências apresentadas no documento mostram que a tecnologia pode ter um grande impacto nos processos de aprendizagem dos indivíduos e das sociedades, contudo, esta alteração só acontece se os líderes acreditarem nessa transformação, o que implica a tomada de decisões a nível local e não central.

 

Nota: As figuras apresentadas encontram-se no documento original aqui analisado. 

 

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