Ensinar e aprender no Séc. XXI: Os (novos) saberes
A aprendizagem ao longo da vida. O papel da Escola
Outubro 03, 2020
No âmbito das Jornadas de Utilização Pedagógica das TIC, organizadas pelo Instituto Politécnico de Leiria, no dia 2 de outubro de 2020, Jorge Borges (PNL 2027) dissertou sobre os novos saberes do (no) séc. XXI e sobre o papel que a escola deve assumir neste desiderato.
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Esta comunicação assumiu um caráter provocador, pois levou os participantes a questionarem-se sobre três aspetos fundamentais:
1.º A formação contínua de professores
2.º A introdução da tecnologia nas políticas educativas em Portugal
3.º O papel do saber informal na Escola
4.º A centralidade da curadoria digital
Esta comunicação começou com uma reflexão em torno do Plano de Ação para a Capacitação Digital dos Professores, anteriormente apresentado pela diretora do Centro de Formação LeiriMar, Olga Morouço, e pela necessidade de ter em conta os ensinamentos do passado e os contributos do presente para que este plano de formação permita mudar práticas e não se cinja a questões técnicas, nomeadamente a utlização de determinadas ferramentas digitais.
A questão da aprendizagem, informal e em Rede, - o foco da comunicação - levou o orador à sociedade primitiva e à forma como o homem aprendia no passado e como aprende no presente. Que na essência não é diferente. Cada época tem a sua tecnologia, de acordo com a sua utensilagem mental, como se demonstrou com o caso do abade Marin Mersenne que, no séc. XVII, manteve uma Rede, na Europa culta da época, com mais de 200 correspondentes. Enciclopedista, escrevia o seu pensamento e fazia-o chegar a cada um deles. Estes respondiam e ele coligia a informação. Criou uma obra com mais de 30 tomos. Este sábio comportou-se como um autêntico servidor, recorrendo à "tecnologia" de que dispunha na altura. Isto prova que o mais importante, em qualquer altura da história, é o fator humano.
As sociedades evoluem hoje a um ritmo vertiginoso, o que catapulta a aprendizagem ao longo da vida para primeiro plano, tornando a curadoria incontornável no processo de aprendizagem. É este processo que nos permite chegar ao conhecimento, pois facilita e alimenta o processo de aprendizagem, isto é, a transformação da informação em conhecimento, em qualquer idade, nivel de escolaridade e área profissional.
Na parte final, Filipe Santos, docente do Instituto Politécnico de Leiria e responsável pela organização das Jornadas, teorizou de forma notável sobre o conteúdo das comunicações, a partir dos comentários dos alunos.