Uma biblioteca de ADN representa todos os genes de um organismo.

Esta definição aplica-se a diferentes organizações, sendo até usual ouvir falar do ADN da empresa A ou da empresa B. A razão é clara! Este ADN representa a especificidade de cada entidade, o que a distingue de todas as outras e que lhe atribui valor acrescentado. Quanto mais conhecermos o ADN da nossa organização, mais valor lhe atribuímos...  em notoriedade, reconhecimento, singularidade.

O agrupamento de escolas, enquanto organismo vivo, que se cria e recria na comunidade em que está inserido, tem também um ADN muito próprio. Cabe aos responsáveis identificar e decompor este ADN, isto é  conhecer a "coleção de fragmentos" que o constituem, para se poder trabalhar a partir dele, com ele e para ele.  Em suma, cada escola deve conhecer muito bem a comunidade que serve.

Se extrapolarmos esta noção para a sociedade em que vivemos, percebemos que esta notoriedade só se alcança através da presença no mundo digital, fruto da rede de contactos que potencializa e maximiza uma presença que se quer cada vez mais impactante no "organismo" que serve. 

As bibliotecas escolares são exemplo deste organismo que vive e se alimenta da e na Web.

Quanto maior for a presença digital de uma biblioteca, maior é a sua notoriedade.

Quando se fala de presença digital , devemos enquadrar esta noção no conceito de identidade digital:

Conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza regularmente para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes ”. (J. Borges, 2018).

Todos nós, individual ou coletivamente, somos a identidade digital que criamos, pelo que se torna fundamental levar as bibliotecas a, partindo da especificidade do seu ADN, procurar a sua identidade digital.

Só assim percebem onde se situam, em relação às respostas que devem dar às comunidades que servem, para definirem a meta que querem alcançar. Não esqueçamos que a missão da biblioteca é a de estar presente onde e quando o utilizador necessita, disponibilizando recursos e permitindo conexões e redes de partilha consentâneas com o ADN do organismo que servem.

Uma última nota para a necessidade de ir avaliando inputs e outputs, pois a escola é um organismo vivo que está em constante mutação e a biblioteca não se pode alhear deste facto, procurando encontrar respostas tão criativas e inovadoras quanto as exigências que enfrenta.