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Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

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Cultura digital ou cultura analógica? Em que mundo se situa?

Manuel Castells - Escola e internet: o mundo da aprendizagem dos jovens

Maio 29, 2020

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A rubrica "Conversas (im)prováveis" recupera hoje uma entrevista feita a Manuel Castells, em 2015, onde o filósofo espanhol reflete sobre o mundo da aprendizagem dos jovens.

Legendado em português.

 

O mundo da aprendizagem (um tema já tratado nesta rubrica) está dividido em duas vertentes que acabam por ser completamente distintas:

  • A escola, que serve para obter um diploma,
  • A internet onde os jovens, em grupos informais, aprendem realmente.

 

O filósofo leva-nos a refletir sobre a necessidade de introduzir alterações de fundo na educação, pois as escolas continuam a ensinar exatamente como na Idade Média, isto é, o ensino está centrado no professor que se comporta como um lente.

A cultura analógica, que caracteriza a escola, e a cultura digital, que é a dos alunos, correspondem a dois mundos completamente diferentes, o que causa uma dissonância cognitiva nos estudantes "que pensam a internet", ao contrário dos seus professores, que apenas a usam.

Apesar da dificuldade que os jovens revelam na memorização, a sua capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo favorece a recuperação da informação e a produção de ideias novas, isto é, aumenta a capacidade criativa que é o que mais interessa no mundo de hoje.

Vídeo de Fronteiras do Pensamento | Produção Telos Cultural | Produção Audiovisual Okna Produções | Documentário Um mundo complexo | Direção e Edição Marcio Reolon | Direção de Produção Gina O’Donnell | Tradução Marina Waquil e Francesco Settineri

 

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De que se fala quando se fala de Ensino Híbrido?

Origem e características de cada modelo

Maio 27, 2020

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Imagem: https://www.thinglink.com/scene/1123799019135434755

 

Na continuidade do post Ideias para um modelo híbrido de ensino, o Biblio Tubers apresenta agora  os vários modelos que dão corpo ao Ensino Híbrido.

O ensino híbrido (desenvolvido por Clayton Christensen e Michael B. Horn*) serve-se da tecnologia para potenciar a aprendizagem em ambiente online e presencial - blended learning. Desta forma, promove-se a diferenciação do ensino e da aprendizagem - tempo, lugar, modo e ritmo - pelo que os alunos aprendem mais e melhor.

Este tipo de ensino implica a reorganização da sala de aula e a forma como o professor a gere, pois devem ser criados momentos de interação e colaboração entre os alunos, que se assumem como criadores da sua própria aprendizagem, com recurso à tecnologia.

De entre os modelos mais conhecidos de ensino híbrido, está a sala de aula invertida, criada pelos professores norte-americanos Jonathan Bergmann e Aron Sams.

Para além da sala de aula invertida, o ensino híbrido usa uma combinação de um ou mais dos modelos que se descrevem abaixo e que poderá conhecer com outro detalhe no sítio web blendedlearning.org. As imagens de cada modelo são também deste sítio web.

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Fonte: https://www.coursera.org/learn/ensino-hibrido

 

Flipped Classroom - Sala de Aula Invertida

O modelo de Sala de Aula Invertida inverte a relação tradicional entre o tempo de aula e os trabalhos de casa. Os estudantes aprendem em casa através de aulas online e os professores usam o tempo de aula para trabalho prático ou projetos.

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Station Rotation - Rotação por Estação

O modelo de Rotação por Estação permite que os estudantes circulem através das estações (trabalho de grupo, trabalho escrito, projeto, tutoria individual, pesquisa, turma completa...), num horário fixo. Pelo menos uma das estações é de aprendizagem online.

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Lab Rotation - Laboratório Rotacional

O modelo Laboratório Rotacional permite que os estudantes circulem nas estações em horário fixo. No entanto, neste caso, a aprendizagem online ocorre numa sala de informática. 

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Individual Rotation - Rotação Individual

O modelo de Rotação Individual permite que os alunos circulem nas estações, em horários individuais definidos pelo professor. Ao contrário dos outros modelos de rotação, os estudantes não têm de circular por todas as estações, mas apenas nas selecionadas pelo professor, tendo em conta o perfil de cada aluno.

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Flex

O modelo Flex permite que os estudantes se movam em horários fluídos entre as atividades de aprendizagem de acordo com as suas necessidades, em ambiente online. Os professores apoiam os estudantes de acordo com as suas necessidades. Este modelo promove a autonomia dos estudantes.

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À La Carte

No modelo À La Carte o curso decorre totalmente online com o apoio de um tutor, podendo manter-se o ensino presencial. Este modelo proporciona flexibilidade e é uma ótima opção quando as escolas não podem oferecer cursos de áreas específicas.

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Enriched Virtual - Virtual Enriquecido

O modelo Virtual Enriquecido é uma alternativa ao ensino a distância,  permitindo que os estudantes concluam a maioria dos cursos online, continuando a frequentar a escola para sessões presenciais com um professor. Ao contrário da Sala de Aula Invertida, os cursos no modelo Virtual Enriquecido geralmente não exigem a presença diária na escola; alguns cursos podem apenas exigir a presença do aluno duas vezes por semana, por exemplo.

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Mais do que usar a tecnologia como um fim em si, o ensino híbrido visa a integração real da tecnologia no ensino e na aprendizagem, isto é, os recursos digitais são os meios que garantem que cada estudante aprende ao seu próprio ritmo.

 

*CHRISTENSEN, Clayton M.; HORN, Michael B.; JOHNSON, Curtis W. (2008). Disrupting Class: How disruptive innovation will change the way the world learns. New York: McGraw-Hill.

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Avaliar e monitorizar o impacto da Identidade Digital da biblioteca

Do ponto de partida ao ponto de chegada | Que caminhos?

Maio 24, 2020

É comummente aceite que às bibliotecas escolares não basta, hoje, manter uma presença em linha - muito pelo contrário - elas têm de ser capazes de disponibilizar a informação e os serviços que acompanhem as necessidades da comunidade que servem e em que se integram, a cada momento e ao longo do tempo.

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A consulta do documento disponibilizado pela Rede de Bibliotecas Escolares, intitulado "Presença em linha das bibliotecas escolares: roteiro para a definição de uma política", orienta o trabalho dos professores bibliotecários na construção da sua presença digital.

A presença em linha, espelhada na identidade digital da biblioteca, não é algo que se construa e se dê como terminado. Não! É antes um processo que tem de se desenvolver e aperfeiçoar ao longo do tempo.

A pensar nesta realidade, o Biblio Tubers deixa aqui um conjunto de métricas que apoiam o trabalho das bibliotecas, de forma longitudinal. 

Desta forma, cada biblioteca pode perceber onde está (ponto de partida), definindo o caminho a seguir, através da implementação de práticas regulares de monitorização, ao longo do tempo.

Assim avaliará o seu impacto junto da comunidade educativa, bem como a qualidade e adequação dos serviços que presta.

Foram criados três questionários que, de forma simples e rápida, favorecem esta capacidade de reflexão em torno da ação da biblioteca.

1. Identidade Digital | diagnóstico - Este diagnóstico deverá ser o ponto de partida para a criação/ desenvolvimento da identidade digital de uma biblioteca que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades.

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2. Identidade Digital | monitorização - De forma regular, a biblioteca deverá monitorizar o seu desempenho, avaliando o impacto da sua identidade digital. 

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 3. Avaliação da Usabilidade dos canais - O Biblio Tubers disponibiliza, ainda, um formulário que permite aos utilizadores da biblioteca avaliarem a usabilidade e a taxa de utilização dos respetivos canais.

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Para facilitar o trabalho aos professores bibliotecários, disponibilizamos os formulários criados que poderão ser usados livremente por todos. Para isso, basta solicitar-nos o link de partilha dos formulários para o email: workprogress6@gmail.com

 

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Identidade Digital | Ponto de partida e de chegada

Para uma biblioteca que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades

Maio 17, 2020

O Biblio Tubers tem-se debruçado sobre a questão da IDENTIDADE DIGITAL enquanto ponto de partida e de chegada para aquilo que é, atualmente, cada indivíduo e cada instituição, na relação que estabelece com a comunidade em que se integra e a que dá corpo.

A Identidade Digital alavanca a mudança, pois ajuda a mudar o foco da biblioteca tradicional, ainda preocupada com a coleção física, para aquela que é a biblioteca desejável, a que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades.

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Photo by Alina Grubnyak on Unsplash

 

Face à emergência do digital e ao papel que as bibliotecas escolares devem assumir num novo paradigma educativo que caminha para um modelo de ensino híbrido (presencial e digital), urge retomar o conceito de Identidade Digital.

 

I - O Conceito

O que se entende por Identidade Digital?

A Identidade digital é constituída por um conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza com uma determinada regularidade para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes.

[Canais digitais => Partilha => Comunidade escolar => Ensino e aprendizagem]

 

Qual a razão pela qual cada biblioteca deve definir a sua Identidade?

O conceito de Identidade Digital é fundamental porque:

  • diz às bibliotecas onde estão,
  • indica-lhes para onde devem caminhar,
  • permite-lhes saber, a cada momento, onde se situam,
  • ajuda-as a diminuir o gap entre bibliotecas,
  • permite que seja a própria biblioteca a situar-se em relação às outras, numa relação horizontal,
  • muda o foco da biblioteca, ainda preocupada com a coleção física, para aquela que é a biblioteca desejável, a que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades.

 

II – Estrutura

Quem constrói e como? Em que se consubstancia?

A responsabilidade do desenho da Identidade Digital da biblioteca é do professor bibliotecário e da respetiva equipa, após a auscultação dos diferentes órgãos de gestão intermédios e a aprovação em conselho pedagógico.

 

1. Canais

Blogue, página web, página no Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Youtube, Linkedin, Slideshare, Anchor, (Chat, E-mail, formulários...)

Cada uma destas plataformas constitui-se como o veículo para disponibilizar conteúdos e recursos variados (divulgação e acesso à biblioteca digital, por exemplo), em multiformatos, bem como uma série de serviços que respondam às necessidades da comunidade, de forma regular, e que projetem a biblioteca para fora do seu espaço tradicional e físico.

 

2. Partilha

As plataformas utilizadas devem alimentar-se umas às outras, de forma estruturada, para chegar a um público mais amplo. A melhor forma de o fazer é criar um repositório (por exemplo na Box ou na Dropbox), onde se alojam conteúdos e recursos que, depois de devidamente organizados, são disponibilizados num blogue ou numa página web. 

Por isso, quando se disponibilizam recursos, estes devem ser originais, ou, caso se repliquem, é fundamental acrescentar-lhes valor. Veja a este propósito o artigo Curadoria Digital  | Uma competência do professor de hoje.

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Photo by José Martín Ramírez C on Unsplash

 

3. Comunidade

Num mundo cada vez mais digital, é na rede e com a rede que aprendemos ao longo da vida. Nesse sentido, a comunidade a que pertencemos é tão mais forte quão mais significativo for o contributo de cada um. 

 

4. Aprendizagem (ao longo da vida)

Todas as áreas do saber estão em constante evolução, pelo que qualquer profissional ou instituição, para se manter atualizado(a), deve rentabilizar a sua rede de partilha, isto é tirar partido daquilo que é criado na sua comunidade.

“O fim último de alcançar cada comunidade não pode ser esquecido, pois só assim se promoverá o acesso ao conhecimento e se tirará partido da rede de relações que são constituídas e estabelecidas socialmente em cada contexto - educativo, cultural, profissional ou até de lazer. A interação entre os atores sociais favorece dinâmicas de construção, partilha e difusão de informação e conhecimento.” In https://bibliotubers.com/o-impacto-das-redes-na-disseminacao-da-8772

 

 III – Avaliação

Ao Implementar a Identidade Digital da sua biblioteca, a equipa deve definir os critérios de avaliação, tendo como horizonte uma meta que responda à perspetiva de evolução da biblioteca na comunidade em que se insere.

Poderão ser utilizados indicadores como:

  • Número de acessos em cada um dos canais,
  • Números de acesso aos múltiplos conteúdos e recursos,
  • Número de interações de alunos e professores,
  • Grau de participação/ envolvimento da comunidade educativa no desenho, na disponibilização e na utilização dos recursos e serviços.

...

A título de exemplo, veja-se o artigo intitulado “O impacto das redes na disseminação da informação: O caso português da Rede de Bibliotecas Escolares”,  apresentado no 21st International Symposium on Computers in Education (SIIE) em novembro de 2019.

O artigo está disponível aqui: https://bit.ly/2WHIyoK 

 

Caso queira ler mais sobre este assunto, consulte os artigos listados abaixo:

  1. Afinal de que se fala quando se fala de identidade digital? | O conceito aplicado a nível individual e institucional.
  2. As Bibliotecas Escolares na encruzilhada... | ...do analógico ao digital
  3. Educação, Hoje | Perspetivas globais sobre a educação - OCDE
  4. O ADN de uma Biblioteca | Identidade digital... procura-se!
  5. O impacto das redes na disseminação da informação | O caso da Rede de Bibliotecas Escolares
  6. Pegada Digital | Os algoritmos e a importância dos dados
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Ideias para um modelo híbrido de ensino

Transformar experiências de sucesso emergentes em práticas pedagógicas

Maio 16, 2020

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O regresso às aulas dos estudantes do ensino secundário, após o período de confinamento, levanta algumas questões que devem promover uma discussão alargada na comunidade educativa:

  • Como se avaliam as práticas pedagógicas e o impacto nas aprendizagens dos estudantes, durante o ensino a distância?
  • Destas práticas, quais se devem manter no regresso à sala de aula?
  • Quais as vantagens da criação de um modelo híbrido de ensino?

Têm surgido recomendações de especialistas de vários quadrantes que apontam para a necessidade de implementar um modelo híbrido de ensino, em que o presencial e o digital coabitem de forma natural.

Neste artigo, o Biblio Tubers apresenta algumas das ideias chave do livro de Hugo Pardo Kuklinski e de Cristóbal Cobo, intitulado "Expandir la universidad más allá de la enseñanza remota de emergencia."

Contudo, estas ideias são uma interpretação do Biblio Tubers, que tem em conta a realidade portuguesa do ensino básico e secundário. Organizam-se em 3 pontos principais.

 

1. Integração do digital em contexto educativo

A facilidade de acesso a múltiplas plataformas de aprendizagem e a ferramentas digitais é inegável. Apesar deste "cenário de possibilidades, persistem as dificuldades dos docentes na integração didática e na apropriação das ferramentas digitais."

A escolha de uma plataforma de LMS, ou de qualquer tecnologia educativa, deve ser pensada sempre com base na sua facilidade de utilização - a interface deve ser transparente e compreensível para todos os utilizadores.

Para além da questão da integração da tecnologia educativa e da sua apropriação por parte dos docentes, devemos ter também em conta questões como a privacidade, a gestão de dados e a acessibilidade.

Apropriação da tecnologia educativa

Ao escolher o recurso educativo digital, o docente deve dar primazia à necessidade pedagógica e não à ferramenta. Deve perguntar-se:

  • que aprendizagens quero que ocorram?
  • como fomentar uma aprendizagem eficaz, de forma inovadora?
  • de todos os recursos disponíveis em suporte digital, qual é mais relevante, tendo em conta o perfil dos meus alunos?

Os professores não podem recriar as práticas tradicionais, adicionando-lhes tecnologias novas e com isto pensarem estar a ser inovadores. Isto é, as escolas devem preocupar-se mais com o mindware (habilidades mentais) dos estudantes e não tanto com o hardware e software 

Moravec, John (2015). Manifesto 15.

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2. Produção de conteúdos educativos - as narrativas multimédia

Para transitar de um modelo presencial para um modelo a distância não basta utilizar tecnologia. Pelo contrário é um processo ambicioso que intergra as vertentes tecnológica, cognitiva, relacional e pedagógica. É preciso avaliar o que estamos a fazer e melhorar.

Para preparar conteúdos de aprendizagem a distância, devemos pensar nos conteúdos como uma linha finita de uma narrativa transmedia. Esta narrativa tem:

  • momentos síncronos e assíncronos,
  • conteúdos de consumo passivo (de um para muitos) e outros em que o estudante assume o papel de prossumidor (utilizadores que são consumidores e produtores).

Estas narrativas podem recorrer a wikis, editores de texto, blogues, hangouts, canais de podcasts, contas de Instagram ou de Twitter. E, se o aluno produzir conteúdos fora da agenda escolar, ou seja não apenas a pedido do professor, mas também para a rede digital, é o que se almeja. Para isso, temos de mudar o uso do tempo e do espaço de forma flexível e criativa. 

À semelhança da aprendizagem invertida, primeiro o estudante trabalha os conceitos teóricos de forma autónoma e virtual, através da proposta de narrativa criada pelo professor, e, posteriormente, no espaço coletivo da aula (presencial ou virtual) debatem-se ideias, fomenta-se o trabalho colaborativo, realizam-se tutorias.

 

3. Da classificação à autoavaliação 

Os professores que se centram na classificação académica devem evitar utilizá-la para manipular e manter o poder instituído.

As tecnologias têm acompanhado os processos de classificação massivo a distância, garantindo a segurança e a fiabilidade deste processo.

Contudo, a classificação massiva a distância não é suficiente para assegurar o controlo do processo de avaliação, pelo que se deve apostar na autoavaliação e na avaliação pelos pares. 

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Criar atividades interativas com o Edpuzzle

Microlearning | episódio 7

Maio 15, 2020

A ferramenta Edpuzzle possibilita a integração de metodologias ativas em contexto educativo, nomeadamente através da criação de cenários de aprendizagem inovadores. 

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Um dos recursos educativos mais utilizado por professores e estudantes é o vídeo.

O Edpuzzle permite a criação de vídeos didáticos e interativos, através de:

  • inclusão de notas (texto e/ ou áudio);
  • criação de exercícios (perguntas de resposta aberta ou escolha múltipla).

A ferramenta permite, ainda, selecionar excertos de vídeo, eliminando o que não interessa. O professor pode também fazer a narração áudio do vídeo. 

Os vídeos podem ser disponiblizados aos alunos de forma aberta ou, se o professor preferir, pode colocá-los em modo privado e o acesso passa a ser feito através de um código.

 

Criar vídeos/ exercícios interativos:

 

Partilhar o vídeo/ exercício com os alunos:

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Criar atividades interativas com o Kahoot

Microlearning | episódio 6

Maio 10, 2020

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O Kahoot, à semelhança do Socrative, é uma aplicação que permite elaborar de forma simples questionários (preparação de testes, quizzes, etc.) que pode ser usada a distância e em sala de aula.

feedback é gerado em tempo real.

Através de um sistema de perguntas e respostas, o professor pode recolher, em tempo real, as respostas dos alunos, avaliando a sua compreensão relativamente aos temas em estudo.

Os alunos para jogarem ou acederem a testes, fazem-no a partir de https://kahoot.it

 

Criar testes:

 

Alterar e partilhar testes:

 

Como lançar testes:

 

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Cenários de aprendizagem inovadores | o aluno no centro da aprendizagem

Promover a mudança em contexto formativo

Maio 07, 2020

A formação de docentes tem um papel primordial na mudança de práticas pedagógicas, mais consentâneas com novos contextos de aprendizagem. Atualmente, estes contextos são caracterizados pela flexibilidade curricular e, consequentemente, pela implementação de metodologias diversificadas, quase sempre com recurso à tecnologia. 

Contudo, apesar da importância da tecnologia para a inovação de práticas em contexto educativo, não podemos esquecer que a utilização de ferramentas digitais deve ser sempre pensada enquanto meio para alcançar o fim último que é o do sucesso dos alunos.

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A capacidade de pensar o processo de ensino e de aprendizagem como um todo, em que todas as partes estão interligadas e que devem colocar o aluno no centro da aprendizagem, enquanto criador de novos saberes, é um dos pressupostos mais importantes, quando se planifica um cenário de aprendizagem.

Foi partindo das aprendizagens que os alunos deveriam desenvolver que um grupo de professores planificou um cenário de aprendizagem inovador, em que os alunos assumem um papel ativo, quer na pesquisa, produção e até avaliação. Tudo isto num contexto também ele inovador, um clube de línguas. 

E quer a realização do trabalho de grupo, quer a sua apresentação decorreram a distância.

 

Deixamos para consulta o cenário de aprendizagem e convidamo-lo(a) a visualizar a apresentação do grupo, constituído por Alzira Agostinho, Dulce Grácio, Isabel Costa e Virgínia Esteves, do Agrupamento de Escolas de José Relvas, Alpiarça, no âmbito da ação de formação "Ferramentas digitais e dispositivos móveis na aula de línguas", dinamizado no Centro de Formação da Lezíria do Tejo.

 

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Que FAQ na biblioteca?

Para quem e para quê?

Maio 06, 2020

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FAQ é um acrónimo da expressão inglesa Frequently Asked Questions, que significa Perguntas Frequentes.

Uma FAQ é a compilação de perguntas frequentes acerca de um determinado tema ou serviço, evitando desta forma a repetição de perguntas semelhantes.

As FAQ  devem estar em lugar de destaque no canal de comunicação escolhido (blogue, página web). Desta forma, o utilizador, perante uma dúvida/ dificuldade/ esclarecimento, facilmente encontrará a resposta de que necessita.

Para a biblioteca escolar, esta é uma forma de responder com celeridade e eficácia às necessidades dos seus utlizadores. 

As FAQ devem estar em atualização constante, tendo por base as dúvidas mais colocadas pelos utilizadores.

A título de exemplo deixa-se uma sugestão de modelo e de perguntas e respostas.

 

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Copiar, reutilizar, misturar e partilhar recursos educativos

A emergência dos Recursos Educativos Abertos

Maio 03, 2020

No seguimento do artigo "Tendências para 2020 | repositórios de recursos educativos abertos (REA)" o Biblio Tubers aborda algumas questões sobre os REA.

Comecemos por recuperar a definição: 

Recursos educativos abertos (REA) são conteúdos educativos de acesso livre e gratuito que podem ser utilizados para ensinar, aprender, investigar, entre outros propósitos. Esta definição da Creative Commons segue a mesma filosofia das propostas pela UNESCO e pela OCDE, sendo o denominador comum:

  • os destinatários - alunos e professores;
  • os objetivos - ensinar, aprender e investigar;
  • os materiais/ conteúdos educativos - textos, vídeos, testes, software, ferramentas para acesso ao conhecimento, entre outros.

 

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A criação de cenários de aprendizagem poderá e deverá ser enriquecida com o recurso aos REA, para que professores e estudantes possam aceder a repositórios digitais de partilha e utilização livre e legal para,  reutilizar, misturar, copiar e, claro, partilhar recursos.

Os REA deverão tornar-se, cada vez mais, repositórios essenciais para as instituições educativas, parecendo-nos mesmo que desta forma se poderá distinguir as organizações aprendentes e inovadoras das tradicionais.

 

Qual a origem dos REA? 

Este termo foi utilizado pela primeira vez em 2002 pela UNESCO, para designar o conjunto de recursos em livre acesso que podemos, de forma legal, descarregar, modificar  e partilhar.

 

De que tipo de recursos falamos?

Documentos escritos, vídeos, ficheiros áudio, ilustrações e fotografias, animações...

Podem ser exercícios, questionários, jogos, apresentações,...

Também se incluem aqui manuais escolares e cursos online.

 

Como partilhar um recurso sem violar o código de propriedade intelectual? 

O que caracteriza um REA é a sua licença aberta e as autorizações legais de utilização, modificação e partilha que concede ao público.

Se um recurso não mencionar de forma clara de que está em domínio público ou sob uma licença livre, não é um REA.

O meio mais fácil para o fazer é atribuir-lhe uma licença Creative Commons (CC). Isto está ao alcance de qualquer um de nós.

 

Instituições e criadores deverão facilitar o processo de acesso aos recursos e conteúdos que disponibilizam. Como?

Disponibilizando os ficheiros em multiformatos passíveis de facilmente serem editados e (re)utilizados. Indicando de forma inequívoca no documento o tipo de licença que se lhe atribui.

No vídeo abaixo encontra informação suplementar:

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