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Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

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Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

Aprender nos Media | Polígrafo na Escola

Projeto sobre (des)informação online

Novembro 10, 2019

Em setembro de 2019, a UNICEF lançou Uma carta aberta às crianças de todo o mundo, onde alerta os adultos e "sobretudo" os educadores para os desafios emergentes que vão afetar as crianças:

1. A desinformação online;

2. As competências futuras para a empregabilidade futura;

3. A proteção dos dados pessoais e a privacidade online;

4. Os conflitos prolongados;

5. A crise climática;

6. O declínio da saúde mental;

7. A migração em massa;

8. Apatridia.

poli.png

Clique na imagem para a ver maior

Esta carta tem todas as características para se assumir como um recurso em todas as áreas disciplinares, ou, mesmo, como o ponto de partida para a criação de projetos (nos domínios da autonomia curricular, em oferta de escola, em oferta complementar, por exemplo), pela atualidade e pertinência de que se reveste.

O Biblio Tubers propõe a criação de um projeto de Agrupamento - Polígrafo na Escola - , onde todas as áreas disciplinares, projetos, clubes e biblioteca escolar podem participar, num verdadeiro exercício de democracia, em que os alunos criam aprendizagens em torno dos temas que dominam o mundo atual.

Para além de se trabalhar de forma efetiva a cidadania, o Polígrafo permitirá aos alunos adaptarem-se à mudança de forma consciente e crítica, através da busca de factos que sustentem a veracidade da informação veiculada nos Media.

O infográfico aponta pistas que deverão ser adequadas a cada contexto, devendo o produto final ser divulgado por toda a escola e comunidade escolar, através de canais de televisão, rádio, canal de youtube, placards, sítio web, redes sociais...

Caso desenvolva este, ou um projeto semelhante, na sua Escola, descreva-o e/ou indique-nos o link - nos comentários a este post - para que o possamos divulgar no colaboratório Biblio tubers.

Oiça o podcast para conhecer a proposta para o "Polígrafo na Escola"  e para completar a informação do nosso infográfico.

Pode também ler a carta da UNICEF aqui:

Uma carta aberta às crianças de todo o mundo
“8 razões de preocupação e esperança”

colaboratorio.png

Conflitos prolongados, crise climática, aumento de doenças mentais e desinformação online entre as maiores ameaças emergentes para as crianças.

Numa carta aberta, que marca os 30 anos desde a adopção da Convenção sobre Direitos da Criança, a Directora Executiva da UNICEF alerta para os principais desafios que as crianças enfrentam no futuro.

Os conflitos prolongados, o agravamento da crise climática, o aumento das doenças mentais nos jovens, e a desinformação online são algumas das ameaças globais mais preocupantes no que diz respeito às crianças, disse hoje a UNICEF numa carta aberta escrita pela sua Directora Executiva, Henrietta Fore.

Para além das ameaças aos jovens já conhecidas, como o acesso à educação, a pobreza, a desigualdade e a discriminação, a carta alerta para novas ameaças aos direitos das crianças e aponta um caminho para aumentar esforços que respondam a estas ameaças. A carta faz parte da celebração, pela UNICEF, do 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança - o tratado de direitos humanos mais amplamente ratificado no mundo.

“As crianças de hoje estão a enfrentar novos desafios e mudanças globais que eram inimagináveis para os seus pais,” escreve Henrietta Fore. “O clima está a mudar de forma irreconhecível. A desigualdade está a acentuar-se. A tecnologia está a mudar a maneira como vemos o mundo. E cada vez mais famílias estão a migrar. A infância mudou, e nós precisamos de nos adaptar a essa mudança.”

A carta identifica oito desafios emergentes para as crianças do mundo: conflitos prolongados; poluição e crise climática; declínio na saúde mental; migração em massa e movimentos populacionais; apatridia; competências futuras para empregabilidade futura; protecção de dados pessoais e privacidade online; e desinformação online.

Sobre o conflito, a carta sublinha que o número de países em conflito é o mais alto de sempre desde a adopção da Convenção sobre os Direitos das Crianças em 1989, com uma em quatro crianças a viverem em países afectados por violência ou desastres.

No que diz respeito às alterações climáticas, a carta alerta para o facto das crianças já estarem a passar pela destruição do planeta e pela crise climática global, que poderá colocar em causa os progressos feitos no âmbito da sobrevivência e do desenvolvimento infantil nos últimos 30 anos. O aumento das situações de clima extremo e ar tóxico, a seca prolongada e as rápidas inundações fazem parte desta crise e afectam desproporcionadamente as crianças mais pobres e vulneráveis.

A UNICEF tem vindo a trabalhar para ajudar a mitigar o impacto da crise climática em países de todo o mundo. Na Etiópia, por exemplo, a UNICEF foi pioneira na introdução de novas tecnologias para mapear água subterrânea e está a desenvolver soluções para comunidades com escassez crónica de água. No Malawi, a UNICEF desenvolveu um sistema duradouro e ecológico, usando energia solar para melhorar o acesso das comunidades a água limpa. No entanto, ainda há muito a fazer para desacelerar as alterações climáticas.

“Os governos e as empresas têm que trabalhar em conjunto para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, desenvolver sistemas agrícolas, industriais e de transporte mais limpos e investir na expansão de fontes de energia renováveis” acrescenta Fore.

A carta também expressa a preocupação com facto de as crianças virem a crescer num mundo digital repleto de desinformação online. Por exemplo, a tecnologia denominada “deep-fake” utiliza técnicas de inteligência artificial para criar conteúdos falsos de áudio e vídeo credíveis, com muita facilidade. A carta reforça ainda que um ambiente online, onde a verdade pode tornar-se indistinta da ficção, tem o potencial de diminuir a confiança em instituições e fontes de informação, e tem vindo a distorcer o debate democrático, as intenções de voto, e a semear dúvidas sobre outros grupos étnicos, religiosos e sociais.

A desinformação online já está a deixar as crianças vulneráveis a abusos e outras formas de exploração; distorcendo o debate democrático; e, em algumas comunidades, provocando o regresso de doenças mortais pela falta de confiança na vacinação devido à desinformação – cujos resultados podem levar a uma geração 

Aceder à carta completa ( em inglês)

Referência: Unicef. (2019) pt. Retrieved 10 November 2019, from https://unicef.pt/actualidade/noticias/carta-aberta/

 

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