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Biblio Tubers

Pensamos a escola como sistema aberto, capaz de refletir a sociedade e de responder aos desafios contemporâneos. Acreditamos no poder da partilha e das redes.

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Identidade Digital | Ponto de partida e de chegada

Para uma biblioteca que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades

Maio 17, 2020

O Biblio Tubers tem-se debruçado sobre a questão da IDENTIDADE DIGITAL enquanto ponto de partida e de chegada para aquilo que é, atualmente, cada indivíduo e cada instituição, na relação que estabelece com a comunidade em que se integra e a que dá corpo.

A Identidade Digital alavanca a mudança, pois ajuda a mudar o foco da biblioteca tradicional, ainda preocupada com a coleção física, para aquela que é a biblioteca desejável, a que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades.

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Photo by Alina Grubnyak on Unsplash

 

Face à emergência do digital e ao papel que as bibliotecas escolares devem assumir num novo paradigma educativo que caminha para um modelo de ensino híbrido (presencial e digital), urge retomar o conceito de Identidade Digital.

 

I - O Conceito

O que se entende por Identidade Digital?

A Identidade digital é constituída por um conjunto de canais (plataformas digitais) que uma biblioteca gere e atualiza com uma determinada regularidade para, de forma interessada e organizada, partilhar uma multiplicidade de informação, conteúdos, recursos e serviços - online e/ ou offline - nas comunidades que serve, nomeadamente professores e alunos, com o fim último de melhorar o ensino e a aprendizagem, em todas as suas vertentes.

[Canais digitais => Partilha => Comunidade escolar => Ensino e aprendizagem]

 

Qual a razão pela qual cada biblioteca deve definir a sua Identidade?

O conceito de Identidade Digital é fundamental porque:

  • diz às bibliotecas onde estão,
  • indica-lhes para onde devem caminhar,
  • permite-lhes saber, a cada momento, onde se situam,
  • ajuda-as a diminuir o gap entre bibliotecas,
  • permite que seja a própria biblioteca a situar-se em relação às outras, numa relação horizontal,
  • muda o foco da biblioteca, ainda preocupada com a coleção física, para aquela que é a biblioteca desejável, a que conhece a sua comunidade e responde às suas necessidades.

 

II – Estrutura

Quem constrói e como? Em que se consubstancia?

A responsabilidade do desenho da Identidade Digital da biblioteca é do professor bibliotecário e da respetiva equipa, após a auscultação dos diferentes órgãos de gestão intermédios e a aprovação em conselho pedagógico.

 

1. Canais

Blogue, página web, página no Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Youtube, Linkedin, Slideshare, Anchor, (Chat, E-mail, formulários...)

Cada uma destas plataformas constitui-se como o veículo para disponibilizar conteúdos e recursos variados (divulgação e acesso à biblioteca digital, por exemplo), em multiformatos, bem como uma série de serviços que respondam às necessidades da comunidade, de forma regular, e que projetem a biblioteca para fora do seu espaço tradicional e físico.

 

2. Partilha

As plataformas utilizadas devem alimentar-se umas às outras, de forma estruturada, para chegar a um público mais amplo. A melhor forma de o fazer é criar um repositório (por exemplo na Box ou na Dropbox), onde se alojam conteúdos e recursos que, depois de devidamente organizados, são disponibilizados num blogue ou numa página web. 

Por isso, quando se disponibilizam recursos, estes devem ser originais, ou, caso se repliquem, é fundamental acrescentar-lhes valor. Veja a este propósito o artigo Curadoria Digital  | Uma competência do professor de hoje.

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Photo by José Martín Ramírez C on Unsplash

 

3. Comunidade

Num mundo cada vez mais digital, é na rede e com a rede que aprendemos ao longo da vida. Nesse sentido, a comunidade a que pertencemos é tão mais forte quão mais significativo for o contributo de cada um. 

 

4. Aprendizagem (ao longo da vida)

Todas as áreas do saber estão em constante evolução, pelo que qualquer profissional ou instituição, para se manter atualizado(a), deve rentabilizar a sua rede de partilha, isto é tirar partido daquilo que é criado na sua comunidade.

“O fim último de alcançar cada comunidade não pode ser esquecido, pois só assim se promoverá o acesso ao conhecimento e se tirará partido da rede de relações que são constituídas e estabelecidas socialmente em cada contexto - educativo, cultural, profissional ou até de lazer. A interação entre os atores sociais favorece dinâmicas de construção, partilha e difusão de informação e conhecimento.” In https://bibliotubers.com/o-impacto-das-redes-na-disseminacao-da-8772

 

 III – Avaliação

Ao Implementar a Identidade Digital da sua biblioteca, a equipa deve definir os critérios de avaliação, tendo como horizonte uma meta que responda à perspetiva de evolução da biblioteca na comunidade em que se insere.

Poderão ser utilizados indicadores como:

  • Número de acessos em cada um dos canais,
  • Números de acesso aos múltiplos conteúdos e recursos,
  • Número de interações de alunos e professores,
  • Grau de participação/ envolvimento da comunidade educativa no desenho, na disponibilização e na utilização dos recursos e serviços.

...

A título de exemplo, veja-se o artigo intitulado “O impacto das redes na disseminação da informação: O caso português da Rede de Bibliotecas Escolares”,  apresentado no 21st International Symposium on Computers in Education (SIIE) em novembro de 2019.

O artigo está disponível aqui: https://bit.ly/2WHIyoK 

 

Caso queira ler mais sobre este assunto, consulte os artigos listados abaixo:

  1. Afinal de que se fala quando se fala de identidade digital? | O conceito aplicado a nível individual e institucional.
  2. As Bibliotecas Escolares na encruzilhada... | ...do analógico ao digital
  3. Educação, Hoje | Perspetivas globais sobre a educação - OCDE
  4. O ADN de uma Biblioteca | Identidade digital... procura-se!
  5. O impacto das redes na disseminação da informação | O caso da Rede de Bibliotecas Escolares
  6. Pegada Digital | Os algoritmos e a importância dos dados
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